Tempo de leitura: 2 minutos

Em entrevista ao jornal argentino La Nación, Patricio Albacete voltou a se expor com o intuito de “acabar com as mentiras” e falou sobre a UAR, Agustín Pichot, Daniel Hourcade e seu futuro nos Pumas.

“Hourcade mentiu, e Pichot também. Em reuniões que tivemos cara a cara eles mentiram e eu posso provar. Os dirigentes tratam para que a informação seja transmitida da maneira que os convenha. Me fazem lembrar do governo, infelizmente”, disparou.

Quando perguntado sobre seu futuro nos Pumas, Albacete disse estar consciente de que corre o risco de não ser mais convocado para representar seu país, mas que prefere dizer a verdade. “É feio escutar a gente inventando coisas. Quero esclarecer tudo”.

- Continua depois da publicidade -

A confusão se estabeleceu quando Hourcade (técnico) e Pichot (ex-conselheiro da UAR) deram versões “mentirosas” do porquê Albacete não havia sido selecionado para a equipe que disputará o Rugby Championship em 2014.

Hourcade, então, justificou sua decisão dizendo que não seria certo delegar o comando da equipe a um jogador que havia sido pivô da demissão do técnico anterior (Daniel Phelan), e que daria prioridade a jogadores que atuam na Argentina para ir testando novos atletas.

“No primeiro dia em que nos reunimos, Hourcade e eu nos sentamos para conversar. Ele disse que não era tonto e que, a seu ver, eu era um líder nato dentro do grupo e que gostaria de me ter como capitão, mas que o conselho diretivo barrou sua decisão. Não sei o motivo pelo qual ele nega isso agora”, disse Albacete ao La Nación.

Sobre sua relação com Pichot, El Pato disse que “é como qualquer outra com dirigentes da UAR. Tivemos afinidade enquanto ele foi capitão em 2006 e 2007. Depois disso fomos compartindo coisas e o fui conhecendo mais a fundo, e não concordando com algumas de suas atitudes. Não somos inimigos, mas também não somos amigos. Ele ganhou tanta visibilidade como dirigente da UAR que ao se fazer qualuqer crítica à intituição, ele se sentia apunhalado. Nas declarações que fiz em 2012 [sobre as condições de treinamento e exaustão dos Pumas], em nenhum momento citei Pichot. Eu dei a cara, mas tinham outros jogadores que pensavam como eu. Em vez de tentar estabelecer um diálogo, a direção da UAR preferiu dizer que eu era um jogador ‘conflituoso’, que estava sozinho nessa e que tinha muita vontade de ser capitão”, segue. “Antes das declarações eu falei com Lobbe, ele sabia de tudo e concordava comigo. Ele estaria comigo na hora, mas teve que voltar para a França e me disse para ir sozinho, que confiava em mim. Quando a nota foi a público, acredito que ele tenha sofrido pressão de diferentes setores e, no final das contas, não me ‘bancou’”.