Foto: @ruasmidia

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A World Rugby (a federação internacional) anunciou iniciativas focadas no bem-estar dentro de um pacote de emendas às Leis do Rugby que será testado globalmente em competições que começam depois de 1º de agosto de 2021, refletindo o compromisso contínuo do esporte com a redução de lesões em todos os níveis.

Apoiando a missão prioritária de redução do impacto na cabeça e em linha com o plano de ação de bem-estar de seis pontos da federação internacional anunciado nesta semana, quatro dos cinco testes que serão implementados têm um foco subjacente em potenciais avanços de bem-estar em todo o jogo. Os testes, aprovados pelo Comitê Executivo do World Rugby após exame detalhado pelo especialista Law Review Group (grupo de trabalho que revisa as Leis do Rugby) e pelo Comitê de Alto Rendimento da entidade, seguem ampla consulta com as partes interessadas em todo o esporte, incluindo jogadores, treinadores e competições.

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A confirmação dos testes globais representa uma etapa fundamental no processo quadrienal de revisão da lei da World Rugby. Os testes são:

  • 50:22:Inspirado no Rugby League, o portador da bola que chutar dentro da sua metade do campo, indiretamente – ou seja, a bola precisa pingar no campo antes de sair pela lateral – dentro das 22 adversária, ou, se estiver dentro das 22 e ela sair antes das 22 adversária, mas já no campo adversário, o lineout resultante será cobrado pelo time do chutador;
    • Visa a criar espaço por meio de uma escolha tática para os jogadores saírem da linha defensiva a fim de evitar que seus oponentes chutem para a lateral, reduzindo o impacto da velocidade da linha defensiva – operacional no Super Rugby AU;
  • Drop out do in-goal:
    • Um drop out (um chute de reinício) será cobrado pela defesa na linha de in-goal quando:
    • Quando um atleta do ataque entra no in-goal mas não consegue o try (por cometer knock-on ou por ser detido por um atleta da defesa);
    • Um chute (que não seja um penal ou uma tentativa de drop goal) entra no in-goal e é anulado pela defesa;
    • Visa reduzir o número de scrums, recompensar a boa defesa, estimular o contra-ataque e aumentar a taxa de bola em jogo – operacional no Super Rugby AU, Super Rugby Aotearoa, Super Rugby Trans-Tasman e na encerrada Rainbow Cup;
  • Grupos de jogadores pré-vinculados: Proibir a prática de grupos de três ou mais jogadores se juntando grampeados, como cavalaria, antes de receberem a bola – a sanção será um penal; 
  • Penalização de jogadores que visam / deixam seu peso cair sobre os membros inferiores de um oponente (geralmente pescador) que esteja limpando o ruck – a sanção será um penal;
  • Lei restritiva relativa ao travamento: o travamento ou grampeada (latch) – o ato de segurar um companheiro de equipe visando carga no contato contra o adversário – de um (01) jogador é permitido, mas este jogador tem as mesmas responsabilidades do primeiro jogador que chega ao ruck (ou seja, deve permanecer em pé, entrar pelo portão e não cair no chão) – a sanção será um penal;

 

Novidades também para o sevens:

Completando os 7 testes, 2 foram pensados no sevens, com o Grupo aprovando a prorrogação de dois testes de:

  • Usar até cinco substituições (isto é, além das substituições para cobrir análise de concussão, sangramento, lesões ou incidentes de jogo sujo). As substituições podem ser feitas em uma base contínua. Em caso de prorrogação, uma sexta substituição também pode ser utilizada;
  • O Grupo recomendou ao Conselho que árbitros assistentes de in-goal não serão mais necessários quando houver um TMO presente em uma competição;

 

Seis pontos para avançar com o bem-estar dos atletas

O World Rugby ainda revelou seu plano com 6 pontos para evoluir na questão do “players’ welfare”, o bem estar do atleta, isto é, as medidas que visam a zelar pela integridade física e mental dos jogadores de rugby.

  • Desenvolver prática e estratégias que zelem pelo bem-estar dos ex-atletas, quando se aposentam;
  • Pesquisa e inovação: usa a ciência para desenvolver novas medidas;
  • Evolução constante nas Leis do Rugby;
  • Foco especial no rugby feminino, com pesquisas e adaptações pensadas na categoria;
  • Educação para prevenir lesões, ampliando acesso a informação;
  • Engajamento de toda a comunidade: atletas, treinadores, médicos, famílias, fãs;