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Durante tempos de incerteza, modelos de negócios organizacionais e mecanismos tradicionais de trabalho estão em jogo, e as organizações devem desenvolver estratégias e implementar iniciativas de gestão para responder às ondas de interrupções que impactam seus negócios. Na gestão esportiva esse cenário também não é diferente. Portanto, a compreensão das estratégias, projetos e ferramentas para gerir o conhecimento para navegar em tempos incertos é essencial para a sobrevivência e sustentabilidade de qualquer organização privada, pública e social. Assim como, a capacidade de criar, empregar e desdobrar conhecimento é fundamental para proteger o negócio e garantir que as organizações possam contribuir continuamente para a dinâmica de criação de valor dos stakeholders.

Neste caminho o Núcleo de Gestão (NG) da Federação Paulista de Rugby alinha sua mentoria aos clubes alinhada a consciência dos impactos positivos que uma boa gestão pode trazer para além das quatro linhas do campo.

Para o coordenador do NG, Pedro Jaú um dos objetivos do Núcleo é o amadurecimento da gestão esportiva: “Temos como objetivo dessa ação causar um amadurecimento dos clubes nas áreas ligadas à gestão esportiva causando um impacto positivo nas entidades e nas suas relações com a sociedade e nas comunidades em que estão inseridos. Acreditamos que após um ano de atuação eles já estarão conscientes da importância da utilização da boa gestão em benefício do clube e executando projetos que os coloquem no caminho que eles definirem como sendo o de sucesso”, disse Jaú.

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O NG tem como meta além da mentoria em toda a parte documental, estatutária e financeira também motivar a equipe de colaboradores dos clubes a serem mais engajados e com conhecimentos específicos que possam facilitar a concretização dos objetivos do clube.

“Quando eu digo a comunidade, não falo somente dos envolvidos com o rugby. Uma boa gestão, passa uma melhor imagem para a comunidade. O que permite que possamos buscar novas relações com a comunidade, seja através de novos patrocínios, projetos, parceria com poder público entre outras. Essa ação oferecida pela FPR é uma oportunidade única para os clubes que procuram se desenvolver de maneira plena e tem com o objetivo de melhorar como instituição” afirmou o coordenador do NG.

O Núcleo tratará de temas variados, como, governança, documentação estatutária, finanças, relação com o poder público, projetos incentivados, mediação de conflitos, comunicação e marketing, entre muitos outros, o que mostra que a gestão vai muito além do imaginado.

Mas, como estes impactos podem ser gerados para os clubes? Vamos a alguns exemplos do que uma boa gestão pode causar.

  • Uma boa governança e compliance causa um impacto positivo perante patrocinadores e apoiadores, porque mostra a transparência da instituição, além de permitir a busca por incentivos estatais nas três esferas.
  • Promover adequações nas partes estatutárias e documental permitirá que alguns clubes se tornem aptos a pleitear projetos incentivados, como LIF (Leis de Incentivo Federais) e LIE (Leis de Incentivo Estaduais) ou até mesmo executarem projetos voltados a atender uma demanda carente da sociedade, como uma escolinha de rugby, causando um impacto social.
  • Parcerias com o poder público pode causar inúmeros impactos sociais. Temos alguns exemplos de sucesso, como São José, Jacareí entre outros que construíram uma história junto com o poder público e hoje impactam centenas de crianças de suas cidades.

 

A expectativa da FPR através do Núcleo de Gestão é de que em alguns anos todos os clubes estejam com a parte documental e estatutária em ordem e aptos a se aventurar em novos projetos incentivados, sendo de verba livre ou pública. De forma que possam aumentar as suas capacidades de disseminar o rugby e seus valores na comunidade sem causar impactos negativos na área financeira. Outro ponto de sucesso será ter ao menos 50% dos clubes com parceria pública municipal fechada e com algum tipo de projeto em execução”.

Texto: Alexandra Alves/FPR