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ARTIGO COM VÍDEO – Farrapos e Poli fizeram uma final inédita para o Campeonato Brasileiro e, claro, o campeão foi inédito, a Poli. O time paulistano repetiu a dose do campeonato estadual e novamente ergueu a taça, com uma partida eficiente e de triunfo incontestável vencendo em pleno Estádio da Montanha, em Bento Gonçalves, pela primeira vez em sua história. O Farrapos, que chegava à final como o único invicto, não resistiu ao poderio da Poli, o time do momento no Brasil, e ficou com seu segundo vice campeonato nacional consecutivo. 30 x 25 para a Poli.
A primeira chance de try saiu logo no começo para a Poli, com Gelado quase marcando, mas o knock-on salvou o time gaúcho. A Poli já mostrava desde o início um ritmo superior e dominava o jogo territorialmente. Os primeiros pontos não tardaram a sair, com Zé arrematando com perfeição o primeiro penal, aos 9′.
A Poli seguiu mantendo o Farrapos longe de sua defesa e canalizando o jogo a seus avançados, com o campo encharcado favorecendo o jogo de contato. Aos 17′, Zé teve outra chance de penal, mas não foi feliz no chute. Sem problemas, pois no minuto seguinte ele próprio mostrou a genialidade e repetiu jogada que já havia chamado a atenção contra o São José nas quartas. Chute cruzado do fullback para Maranhão apanhar e cravar o primeiro try da partida para os paulistas. 10 x 00.
O Farrapos só foi descontar com penal chutado por Facundo aos 22′, mas aos 29′ coube a Zé devolver 3 pontos com novo penal para a Poli. Foi só depois de 30 minutos de jogo que os alviverdes puderam trabalhar a bola no ataque, emplacando uma série de fases bem defendidas pela Poli. Antes do intervalo, Facundo conseguiu chutar o segundo penal para o Farrapos, levando o duelo à pausa em 13 x 06. No fim, os gaúchos já haviam acumulado uma posse de bola considerável, mas quase toda ela concentrada na defesa e no meio campo. Jogo tático perfeito da Poli nos primeiros 40 minutos.
O segundo tempo começou com Zé perdendo penal, mas com a Poli novamente pressionando e ditando seu ritmo ao duelo. Aos 54′, Zé tentou outro chute cruzado para Maranhão, mas Lafa estava esperando e salvou os gaúchos. Por pouco tempo. O asa Sininho, um dos dos destaques da partida, ganhou mais de 20 metros, jogou a Poli ao campo ofensivo e na sequência das fases Valentin recebeu na ponta para finalizar o segundo try amarelo.
O lance capital do jogou saiu logo na sequência, com Erick tendo chute bloqueado por Sininho nas 22 de defesa, com o terceira linha politécnica anotando o try de um 27 x 06 que parecia intransponível.
O Farrapos não se entregou, lógico, e foi para cima apostando na força de seus avançados. A resposta foi rápida com try em maul finalizado por Angelo, que mantinha os alviverdes vivos. E o time da Serra Gaúcha brilhou aos 70′ com Duda chutando cruzado (ao “estilo Zé”) para Coghetto apanhar e marcar um belo try para os donos da casa.
O try parecia dar um fôlego final aos anfitriões, mas Pablo recebeu amarelo pouco depois e Zé aproveitou para chutar penal decisivo para os paulistas. 30 x 18. No fim, Angelo ainda marcou mais um try finalizando maul novamente, mas não havia mais tempo para os gaúchos. 30 x 25, números finais e Poli campeã na Montanha.
A última dobradinha (título estadual seguido de título nacional) no rugby brasileiro havia sido em 2016 com o Curiitba. Mas em São Paulo, estado do campeonato mais difícil entre os estaduais, a última dobradinha havia sido no distante ano de 2011, do São José.
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2530
Farrapos 25 x 30 Poli
Árbitro: Henrique Platais
Auxiliares: Victor Hugo Barboza e Cauã Ricardo
Local: Estádio da Montanha – Bento Gonçalves, RS
Farrapos
Tries: Angelo (2) e Coghetto
Conversões: Facundo (2)
Penais: Facundo (2)
Poli
Tries: Maranhão, Valentin e Sininho
Conversões: Zé (3)
Penais: Zé (3)
Lista de campeões
Ano | Campeão | Cidade | ||
---|---|---|---|---|
1964 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1965 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1966 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1967 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1968 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1969 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1970 | São Paulo Barbarians | São Paulo (SP) | ||
1971 | São Paulo Barbarians | São Paulo (SP) | ||
1972 | FUPE | São Paulo (SP) | ||
1973 | Medicina | São Paulo (SP) | ||
1974 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1975 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1976* | SPAC | São Paulo (SP) | Niterói | Niterói (RJ) |
1977 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1978 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
1979 | Niterói | Niterói (RJ) | ||
1980 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1981 | Medicina | São Paulo (SP) | ||
1982 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1983* | Niterói | Niterói (RJ) | Alphaville | Barueri (SP) |
1984 | Niterói | Niterói (RJ) | ||
1985 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1986 | Niterói | Niterói (RJ) | ||
1987** | Alphaville | Barueri (SP) | Pasteur | São Paulo (SP) |
1988** | Alphaville | Barueri (SP) | Bandeirantes | São Paulo (SP) |
1989 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1990 | Niterói | Niterói (RJ) | ||
1991 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1992 | Alphaville | Barueri (SP) | ||
1993 | Rio Branco | São Paulo (SP) | ||
1994 | Pasteur | São Paulo (SP) | ||
1995 | Bandeirantes | São Paulo (SP) | ||
1996 | Desterro | Florianópolis (SC) | ||
1997 | Rio Branco | São Paulo (SP) | ||
1998 | Rio Branco | São Paulo (SP) | ||
1999 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
2000 | Desterro | Florianópolis (SC) | ||
2001 | Bandeirantes | São Paulo (SP) | ||
2002 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2003 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2004 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2005 | Desterro | Florianópolis (SC) | ||
2006 | Rio Branco | São Paulo (SP) | ||
2007 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2008 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2009 | Bandeirantes | São Paulo (SP) | ||
2010 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2011 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2012 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2013 | SPAC | São Paulo (SP) | ||
2014 | Curitiba | Curitiba (PR) | ||
2015 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2016 | Curitiba | Curitiba (PR) | ||
2017 | Jacareí | Jacareí (SP) | ||
2018 | Poli | São Paulo (SP) | ||
2019 | São José | São José dos Campos (SP) | ||
2020 | Cancelado (pandemia) | |||
2021 | - | |||
Ranking de campeões | Cidade/Estado | Títulos | ||
SPAC | São Paulo (SP) | 13 | ||
São José | São José dos Campos (SP) | 10 | ||
Alphaville | Barueri (SP) | 9 | ||
Niterói | Niterói (RJ) | 6 | ||
Bandeirantes | São Paulo (SP) | 4 | ||
Rio Branco | São Paulo (SP) | 4 | ||
Desterro | Florianópolis (SC) | 3 | ||
Curitiba | Curitiba (PR) | 2 | ||
Medicina | São Paulo (SP) | 2 | ||
Pasteur | São Paulo (SP) | 2 | ||
São Paulo Barbarians | São Paulo (SP) | 2 | ||
Jacareí | Jacareí (SP) | 1 | ||
Poli | São Paulo (SP) | 1 | ||
FUPE | São Paulo (SP) | 1 |
*Títulos divididos
**Divergência