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O SPAC recebeu o Rio Branco, na última partida da primeira fase do Super 10, tentando manter sua invencibilidade eassegurara primeira colocação do grupo. Os Pelicanos, por sua vez, tentavam a vitória para melhorar sua classificação, após o tropeço contra o Niterói. Em um grande jogo, prevaleceu a disciplina dos ingleses, que agora enfrentam o Farrapos na próxima fase.

O jogo começou truncado, mas desde o início o SPAC se lançou ao ataque, pressionando os visitantes dentro dos 22m. No entanto, o Rio Branco executou um belo trabalho defensivo, sobretudo nos forwards, por onde sairam as principais investidas da equipe na fase inicial. Os Pelicanoe só cederam pontos por meio de penais, com duas cobranças de Leandro “Leco” Amaral em dez minutos, período no qual o Rio Branco ficou com um homem a menos em campo, por cartão amarelo para Danilo Amaral, que deu um tackle alto no abertura adversário.

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Os Pelicanos melhoraram, nivelaram o jogo mas não conseguiram transformar a pressão em pontos. O scrum Pelicano conseguiu colocar pressão nos 5m do in-goal adversário e quase fez um try, jogando os forwards adversários para dentro do in-goal, mas o árbitro anotou um penal a favor do time da casa. Depois, em um erro na saída de 22m depois de um penal desperdiçado por Leco, saiu o try do SPAC. Em uma tentativa de cobrar no lado aberto, a bola sobrou para Leco avançar e apoiar entre os paus, ampliando a vantagem do time da casa. O SPAC foi para o intervalo com 13 a 0 de vantagem no placar e um homem a menos em campo, pois André Luiz “Boy” levou cartão amarelo ao tentar interceptar um passe e derrubar a bola, cedendo um penal ao adversário, infração reiterada ao longo da partida. 

No segundo tempo, o Rio Branco fez valer a vantagem numérica e logo diminuiu com um belo try de Dani Aiex, escapando entre os forwards e a linha para apoiar entre os paus, com coversão de Allan Josefh. Já com sua formação completa, o SPAC tratou de ampliar com mais dois penais dentro dos 22m, facilmente convertidos por Leco, freando a reação adversária. O jogo se seguiu, com poucas oportunidades de cada lado, e o Rio Branco encostou novamente no placar com Allan Josefh, em boa escapada pela ponta esquerda, se livrando muito bem da marcação antes de apoiar. O Rio Branco ficou com um homem a menos novamente, após novo amarelo por infração reiterada de Daniel “HP” Venturole, e Leco ampliou a vantagem com novo penal.

Já nos minutos finais, o SPAC voltou a utilizar os forwards para ganhar terreno, mas anotou seu try com o centro Gustavo “Caiçara”Mattos, fechando o placar com nova conversão de Leco.

Com o resultado, o SPAC terminou a primeira fase de forma invicta, e enfrenta o Farrapos, em casa, na próxima fase. O Rio Branco, quarto colocado, tem desafio difícil contra o atual campeão nacional, o São José, na casa do adversário.

O Portal do Rugby elegeu Leandro “Leco” Amaral, como melhor jogador da partida. Sua precisão nos chutes foi decisiva em toda primeira fase, e no jogo contra o Rio Branco não foi diferente. Com 5 penais e duas conversões, é uma das grandes armas do SPAC para chegar as finais do Super 10 desse ano.

 

Veja todas as fotos da partida aqui

 

Veja grandes fotos da partida por Denys Flores 

Super 10 – Campeonato Brasileiro

SPAC 29 X 12 Rio Branco

 

SPAC

Tries: Leandro “Leco”Amaral, Gustavo “Caiçara” Mattos 

Conversões: Leandro “Leco”Amaral (2)

Penais: Leandro “Leco”Amaral (5)

Cartão amarelo: André Luiz “Boy”Fernandes

 

Rio Branco

Tries: Daniel Aiex, Allan “Careca”Josefh

Conversão: Allan “Careca” Josefh

Cartão Amarelo: Danilo “Vermelho”Amaral, Daniel “HP” Venturole, Miguel “Kanke” Diaz

 

Curitica Band Super 10 2012

Em jogo emocionante, Bande derrota Curitiba de virada e garante vice do grupo

Em jogo válido pela última rodada da primeira fase do Super 10, numa bela tarde de sol na capital paranaense, o Curitiba RC recebeu o Bandeirantes. O jogo podia mudar praticamente tudo no Grupo Verde, apesar de o SPAC ter praticamente a primeira posição assegurada. O Curitiba sofreu um duro revés nos momentos finais do jogo, que o colocou na terceira posição do grupo e o fará ter de sair de seus domínios para disputar as quartas-de-finais. Já o Bande, com uma vitória memorável, classificou-se na segunda colocação e jogará em casa.

Com o apoio de mais de cem torcedores que faziam muito barulho, o Curitiba iniciou o jogo chutando a favor do vento, de média intensidade, para o “H” de entrada do Paraná Esportes. E logo aos 2 minutos de jogo abriu o placar com um penal, resultado de um erro de mão do Bandeirantes, jogado em vantagem. O ponta Breno chutou e converteu seus três primeiros pontos na partida.

Contando com a experiência de Fernando Portugal, o Bande começou correr atrás e aos 5 minutos este tentou arrematar um drop goal, sem sucesso. Porém o empate veio aos 8, em um penal convertido pelo hooker português Bernardo.

O Curitiba então começou a levar uma pequena vantagem, principalmente em jogadas com chutes curtos. Aos 10′, o abertura Bicudo quase fez um try desta maneira, e aos 13′, após um scrum bem executado e uma saída muito boa do asa Diego com o scrum-half Mauro, o primeiro-centro Rambo chuta curto para o segundo-centro Kiko fazer o primeiro try da partida. Não convertido, após o vento ter derrubado a bola e Breno ter arriscado um drop goal por conta disso. Aos 18′, o Bande ganha um novo penal para trás do meio campo, Portugal chuta bem para um lineout a 15 metros do ingoal (talvez a síntese da vitória do time paulista), o Bande tenta entrar num maul e ganha outro penal, convertido mais uma vez por Bernardo.

A troca de posse em rucks foi a tônica do jogo desde o primeiro tempo, com o Bande levando certa vantagem nesse quesito e roubando algumas jogadas que pareciam promissoras para o time adversário. Porém, aos 24′, em mais uma escapada do asa Diego pelo meio dos forwards, o Curitiba chegou ao segundo try, convertido por Breno. Devido a um pilão, o Bandeirantes ficou com um atleta a menos em campo e, mesmo assim, aos 31′, após um erro do jogo de mão tão elogiado do CRC, o Bande criou um contra-ataque e quase fez o try. O time visitante obteve um lineout a quinze metros do ingoal. Após quase entrar com um maul, o time paulista forçou jogadas nos forwards e o segunda linha Marcelo faz seu primeiro try. CRC 15 x 13 Bande.

Aos 35′, mais um cartão para o time paulista por agressão. E após perder mais um try a cinco metros do in-goal, e Portugal falhar em achar a linha de touch, o CRC armou um contra-ataque, seguido de penal e lateral a 5 metros. O lance culminou em mais uma belíssima chance de try com um chute curto, parado com jogada ilegal, dando a última bola do primeiro tempo para Breno chutar para os postes. Convertido.

Final de primeiro tempo: Curitiba 18 x 13 Bandeirantes. Os paulistas tiveram uma pequena superioridade no jogo de forwards, apesar de o CRC ser um pouco melhor nos scrums e laterais. Os chutes curtos pareciam ser o caminho para uma vitória da equipe da casa, visto o equilíbrio da partida. E manter a posse foi o problema dos dois times.

Com o vento a seu favor, o Bande deu reinício a partida com um chute longo, colocando pressão sobre o CRC, que ao tentar retornar, devolveu a bola na própria linha de 22m, mostrando que talvez isso pudesse ser uma preocupação a mais. E seria. A tônica continuava a mesma, os dois times cometendo os mesmos erros quando em posse da, e o Curitiba seguiu tentando entrar com chutes. Aos 8 minutos, mais um penal para o Bande, convertido mais uma vez por Bernardo. Detalhe para a defesa do Bandeirantes após os dois tries, não tomou mais nenhum mesmo passando 20′ com um jogador a menos. E, aos 15′, mais um cartão foi mostrado para o time paulista, que estava jogando duro.

O jogo continua muito centralizado, com poucas chances para os dois lados, apesar do Curitiba arriscar e tentar mais. Aos 22′, após um erro na saída de um scrum, o abertura paulista tentou consertar, e Mauro quase marcou em jogada confusa, na qual até mesmo o árbitro não sabia se dava passe para frente ou um knock-on. Finalmente, aos 25′, o Curitiba trocou passes da maneira envolvente que também conseguiu contra o Niterói. Breno sobrou na ponta e marcou, porém não o try não foi convertido. Curitiba 23 x 16 Bandeirantes.

Aos 32′, após mais um penal perto do meio campo, o time paulista consegue um lineout nas 5, que acabou com um try a partir de um maul, marcado mais uma vez por Marcelo, convertido por Bernardo empatando a partida. Bandeirantes durante todo o jogo ganhando muito terreno com penais.

Aos 38 minutos, após mais um penal cometido pela equipe da casa, colocada a 10 metros do in-goal, o Bandeirantes tentou entrar no pick and go, forçou algumas jogadas e limpou o terreno para o jogador que, apesar de não parecer, decidiu o jogo com seus chutes. Fernando Portugal, tentou um drop goal que, mesmo com desvio de um atleta curitibano, passou por entre as traves, virando o jogo e dando pela primeira vez no jogo a liderança ao time de São Paulo. Ainda haveria uma última emoção, após o Bandeirantes queimar o tempo que restava. Portugal falhou em achar o touch, porém o atleta do CRC comete um knock-on ao tentar recebê-la, e o árbitro determinou o fim da partida.

Com este resultado, o Bandeirantes enfrentará em seus domínios o Pasteur, e o Curitiba viaja até Florianópolis para disputar o maior clássico do Sul do país contra o Desterro.

Falamos com Fernando Portugal após a partida, que disse:

“É, foi-se o tempo em que o Curitiba entrava só para participar. Esperávamos um jogo duríssimo, mas não tanto como foi, foi muito mais que o esperado. Além da viagem longa e do campo ser maior que o que estamos acostumados. Conheço bem o time de sevens deles e sei da qualidade de muitos jogadores. Fui agraciado com um belo drop no final. Nosso time é jovem, inexperiente, cometemos penais bobos, e essa vitória fortalece a gente para a próxima fase. Mais uma vez parabéns ao grande trabalho do CRC e também com seus meninos”

Bruno Raposo do CRC comentou:

“Mais uma vez uma fatalidade do Rugby. Por detalhes perdemos o jogo, mas continuamos bem vivos no torneio, e temos bastante tempo para nos prepararmos para encarar o Desterro. Treinar mais duro e pesado para chegar ao fim do torneio.”

Fernando Portugal foi eleito o melhor em campo. Com seus precisos chutes ganhou muito terreno para o Bandeirantes e decidiu o jogo nos minutos finais.

Sobre o Terceiro Tempo: Mais uma vez a organização na compra das passagens atrapalhou o terceiro tempo, que por isso foi servido na própria sede do CRC com alguma pressa, pois o time paulista teria de pegar seu vôo apenas duas horas após o término da partida.

 

Super 10 – Campeonato Brasileiro

Curitiba 23 x 26 Bandeirantes

 

Curitiba Rugby:

Tries: KIko, Diego, Breno

Conversões: Breno (1)

Penais: Breno (2)

 

Bandeirantes Rugby:

Tries: Marcelo (2)

Conversões: Bernardo (2)

Penais: Bernardo (3)

Drop Goals: Portugal (1)

 

Árbitro: Henrique Platais

Local: Paraná Esporte – Curitiba/PR

 

Escrito por: Carlos Gustavo Woellner

Foto: Hedeson Alves/Fotojump

 

Classificação final da primeira fase

 

Próximos confrontos das quartas de final:

01/09/2012 – São José X Rio Branco

Local: Teatrão – São José dos Campos, SP

 

01/09/2012 – SPAC X Farrapos

Local: SPAC – São Paulo, SP

 

01/09/2012 – Bandeirantes X Pasteur

Local: Band Arena – São Paulo, SP

 

01/09/2012 – Desterro X Curitiba

Local: Florianópolis, SC