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Tomasi Cama. www.irbsevens.com

Penúltima etapa da Série Mundial de Sevens! Acompanhe no Portal do Rugby os resultados da etapa da Escócia atualizados a todo momento. É a estreia do Glasgow Sevens no circuito, e a competição poderá praticamente definir o título da temporada.

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Favoritos vencem na primeira rodada

As seleções favoritas saíram vitoriosas da primeira rodada do Glasgow Sevens. Nova Zelândia, Fiji e Inglaterra passaram com muita tranquilidade por seus oponentes. Campeã da última etapa, no Japão, a Austrália também venceu, passando pelos Estados Unidos, em jogo que os americanos tiveram boas chances. A Argentina, por sua vez, passou pelo aguerrido time português, por 17 x 5. Já Samoa começou muito bem diante da França, permitiu uma reação do adversário no final, mas ainda assim saiu com o triunfo. 

A decepção ficou por conta da África do Sul, que sofreu demais para vencer a Rússia. Após abrir 17 x 0 no primeiro tempo, os Blitzboks apagaram, e quase levaram a virada dos russos, mas venceram por 17 x 14. 

Desapontamento também causou a anfitriã Escócia, que deixou escapar a vitória contra Gales no finzinho. 17 x 14, por conta de um try galês a menos de 1 minuto do final.

 

Batalhas apertadas na segunda rodada

Samoa e Espanha abriram a segunda rodada do Glasgow Sevens com um duelo inesperadamente parelho. Os Leões espanhóis abriram 10 x 0 no placar, permitiram a reação samoana, mas se mantiveram na liderança do placar até 2 minutos para o final, quando os samoanos arrancaram seus 2 tries finais, vencendo o jogo por 24 x 17. Na sequência, a Nova Zelândia massacrou a França pelo recorde de 66 x 0, com Tomasi Cama assuminando a liderança histórica como o maior pontuador da história da seleção de sevens neozelandesa.

Pelo Grupo B, a Argentina sofreu, mas venceu o Zimbábue: 19 x 14, graças a um try de Merello no último lance. Os fijianos, por outro lado, passaram bem por Portugal.

Pelo Grupo D, a África do Sul suou mais uma vez para sair vitoriosa, estragando a festa escocesa com uma vitória no final, 19 x 14. Gales, por sua vez, venceu bem os russos na sequência.

Fechando a rodada, pelo Grupo A, a Austrália bateu o Quênia numa partida eletrizante, decidida com um try no último lance, com Lewis Holland. 28 x 26. E a Inglaterra venceu os Estados Unidos por 19 x 12.

 

Clássicos decidem cruzamentos das quartas-de-final

Ainda no sábado, a terceira rodada foi de zebras e grandes jogos, decidindo os confrontos do mata-mata final de domingo.

No primeiro duelo, a Espanha derrotou a França, 19 x 7, comprovando a sua ascensão no cenário internacional, e o rápido declínio francês depois do bom início de temporada. Na segunda partida, Portugal garantiu o terceiro posto de seu grupo ao vencer o aguerrido time do Zimbábue, que teve bons momentos ao longo do dia. 24 x 14.

A terceira partida foi o superclássico entre Samoa e Nova Zelândia, o jogo mais esperado de todo o dia. Uma derrota dos neozelandeses poderia produzir um prematuro confronto com Fiji nas quartas-de-final, em duelo que poderia praticamente decidir o título da temporada. No entanto, os neozelandeses conseguiram derrotar o poderoso oponente, passando para Fiji a dura missão de vencer no domingo seus rivais samoanos. Com 2 rápidos tries de Naholo, a Nova Zelândia abriu 10 x 0, mas a perda das conversões custou caro no primeiro tempo. Samoa reagiu com potência, fazendo 2 tries convertidos antes do intervalo, com Faosiliva e Autagavaia. No segundo tempo, a Nova Zelândia começou avassaladora, virando o placar com 2 tries, com Heem e Tomasi Cama, mas apenas um foi convertido. Com 8 pontos de vantagem para os Homens de Preto, o jogo se tornou tenso, e a Nova Zelândia conseguiu segurar o rival, sofrendo um try apenas nos acréscimos, com Afamasaga. 22 x 21, vitória sofrida e heróica dos atuais campeões do circuito.

Após a batalha do Pacífico Sul, a Escócia venceu a Rússia, para a festa da torcida presente, que comemorou o primeiro triunfo de seu selecionado, ao passo que os Estados Unidos conseguiram uma importante vitória sobre o Quênia. Em verdadeiro massacre, Fiji garantiu sua classificação em primeiro lugar ao bater a Argentina por 47 x 7, com destaques para Cakau e Lutumailagi.

Valendo a primeira posição do Grupo D, o País de Gales derrotou a decadente África do Sul que, jogando um péssimo rugby, deixa claro que passará a temporada em branco. Os galeses fizeram 17 x 5, com tries de Shellard, Evans e Grabham. Fechando o dia, Inglaterra e Austrália fizeram um duelo de altíssimo nível, valendo o primeiro lugar do Grupo A. E o triunfo foi inglês, com try isolado de Rodwell no segundo tempo. 19 x 14.

 

A emoção das quartas-de-final

O domingo, dia das decisões no Glasgow Sevens, foi aberto com a fase de quartas-de-final. Primeiro, com as quartas-de-final menores, valendo o 9º lugar. Depois, com as quartas-de-final principais, valendo o título.

A rodada foi aberta com o duelo da Guerra Fria, entre Estados Unidos e Rússia. Os norte-americanos abriram boa vantagem no início da partida, mas permitiram uma virada espetacular dos russos, que venceram o duelo no finalzinho, 22 x 21. No segundo duelo, a França obteve sua primeira vitória no torneio escocês ao superar Portugal, em partida parelha: 7 x 5. Os escoceses, por sua vez, passaram pelo periogos Quênia, 19 x 12, com um show de Andrew Turnbull, autor dos 3 tries da equipe anfitriã. Encerrando as quartas-de-final do Bronze, a Espanha confirmou sua contínua evolução batendo o Zimbábue, 14 x 7.

Dois grandes clássicos abriram as quartas-de-final do Ouro. A Inglaterra sepultou a decepcionante África do Sul, em duelo direto pelo terceiro lugar na temporada. Os ingleses, de uniforme novo, abriram 12 x 0 no primeiro tempo, com tries de seus dois grandes jogadores, Matt Turner e Dan Norton. No início da segunda etapa, Hendricks diminuiu para os Blitzboks, mas Turner voltou a abrir para os ingleses. Branco Du Preez ainda fez mais um try para os sul-africanos, mas já era tarde demais. Dos seis melhores da temporada, a Áfricado Sul segue sendo a única que não conquistou nenhum etapa.

Na sequência, Fiji e Samoa fizeram um embate de grande rivalidade. Uma derrota podia significar o adeus dos fijianos ao título. Mas, os Fijianos Voadores não decepcionaram, e atropelaram seus rivais, dando uma grande demonstração de força. Talebula fez 2 tries no primeiro tempo, ao passo que Matuisela e Nayacalevu ampliaram no início dasegunda etapa. Os fijianos, então, fizeram uso de uma tática diferente no sevens: arriscaram 2 penais, muito bem arrematados por Talebula, impendindo com muita inteligência uma reação samoana. Lutumailagi ainda fez o último try, fechando o jogo em 34 x 10.

Na terceira partida, o País de Gales caiu diante da Austrália, campeã da última etapa, que segue viva na briga por mais uma taça. Anderson, no primeiro tempo, Fa’alava’au e Walker, no segundo tempo, fizeram precisos 17 x 7 para os australianos. Por fim, a Nova Zelândia fez o esperado, e passou com muita tranquilidade pela Argentina, mostrando toda a sua superioridade. Os Pumas anotaram o primeiro try do jogo, com Migliore, mas os Homens de Preto não deram chances para o azar, anotando 6 tries, com destaque para Naholo, autor de 2.

 

Equilíbrio marca as semifinais

Pelas semifinais do Bowl, Rússia e Espanha, seleções emergentes do cenário europeu, bateram respectivamente França, que vinha fazendo bons jogos durante o Circuito, e Escócia, que mesmo com a força da torcida, não conseguiu superar a raça espanhola, que começou com tudo, abrindo o placar logo no primeiro minuto e conquistando a vitória no segundo tempo, administrando o resultado no final.

Na Plate, o resultado mais surpreendente do fim de semana, com uma vitória contundente de Samoa sobre os irreconhecíveis Blitzboks por 47 a 0. Longe de apresentar lances milagrosos, os samoanos fizeram o básico do Seven a side com ótima execução e não tomaram conhecimento do adversário. No outro confronto, dois velhos conhecidos do Seven a side, com mais um duelo entre Argentina e País de Gales, e os Pumas7s lamentaram as chances perdidas na etapa inicial, quando abriram o placar e dominaram o jogo, mas não passaram da defesa adversária, e tomaram a virada dos Dragões.

Os melhores jogos foram as semifinais Ouro. A Inglaterra, com um duvidoso uniforme rozo com faixas amarelas fluorescentes, começou perdendo de Fiji, mas com grande atuação de Matt Turner, que caminha para ser um destaques da temporada atual, conseguiu a virada, cedendo o empate para os Fijianos voadores no final. Na prorrogação, Matt Turner no apoio conseguiu o try da vitória. No duelo entre Nova Zelândia e Austrália, os australianos começaram assustando, com um try nos minutos iniciais, mas depois os líderes da Série Mundial assumiram o controle da partida, anotando quatro tries e conquistando uma vitória relativamente tranquila.


Finais

A primeira final do dia foi entre Estados Unidos e Quênia, na disputa da Shield. As Águias sairam na frente, mas permitiram a virada ainda na etapa inicial. Com um jogo envolvente e muito apoio, abriram vantagem até o final do jogo e nem mesmo o try norte-americano nos minutos finais, impediu a vitória. No jogo seguinte, Espanha e Rússia se enfrentaram pela Bowl, em uma incomum inversão de papéis com americanos e quenianos, que ficaram atrás. Em uma partida cheia de tries, a grande atuação de Cesar Sempere pela Espanha não impediu que os Russos conseguissem uma boa vitória por 33 a 19.

Na final Plate, após um bom início dos galeses, a máquina samoana entrou em ação, finalizando um fim de semana quase perfeito, para a ilha do Pacífico, que mesmo sem alguns nomes importantes, perdeu para os neozelandeses por apenas um ponto e não fosse isso, poderia estar na Cup. Samoa abriu uma tranquila vantagem para finalizar a partida com a vitória de 31 a 12, garantindo o título da Plate.

Na disputa pelo terceiro lugar, Fiji conseguiu uma boa vitória sobre os australianos, e seguem na briga pelo título da Série Mundial.

A esperada final entre Inglaterra e Nova Zelândia mostrou as melhores equipes do fim de semana em grande forma, especialmente de Lote Raikabula e do veterano Tomasi Cama, que enfrentaram uma defesa boa, mas que não foi suficiente para parar o adversário. A partida teve mais contato a que se estão acostumados no Seven a side, com muita disputa nos rucks. Os ingleses encostaram no placar nos minutos finais, e recuperaram a posse de bola decisiva, mas não conseguiram anotar pontos, e foram acuados pela marcação kiwi. Pior, deixaram o adversário ampliar a vantagem faltando apenas um minuto para o fim e DJ Forbes marcou um último try no último lance da partida, garantindo seu try de número 98. 

A Nova Zelândia chega muito perto do título com mais uma vitória, chegando aos 150 pontos, contra 139 de Fiji, o segundo colocado. Forbes pode alcançar o centésimo try em Twickenham, palco ideal para uma dupla celebração para o capitão.

 

glasgow sevenssevens world series

Glasgow Sevens – 8ª etapa da Série Mundial de Sevens

Grupo A: Austrália, Inglaterra, Estados Unidos e Quênia

Grupo B: Samoa, Nova Zelândia, França e Espanha

Grupo C: Argentina, Fiji, Portugal e Zimbábue

Grupo D: País de Gales, África do Sul, Escócia e Rússia

 

Sábado, dia 5 de maio – das 6h30 às 15h40 (horário de Brasília)

Samoa 22 x 14 França

Nova Zelândia 31 x 5 Espanha

Argentina 17 x 5 Portugal

Fiji 40 x 0 Zimbábue

País de Gales 17 x 14 Escócia

África do Sul 17 x 14 Rússia

Austrália 29 x 14 Estados Unidos

Inglaterra 40 x 7 Quênia

Samoa 24 x 17 Espanha

Nova Zelândia 66 x 0 França

Argentina 19 x 14 Zimbábue

Fiji 28 x 5 Portugal

África do Sul 19 x 14 Escócia

País de Gales 31 x 5 Rússia

Austrália 28 x 26 Quênia

Inglaterra 19 x 12 Estados Unidos

França 7 x 19 Espanha

Portugal 24 x 14 Zimbábue

Samoa 21 x 22 Nova Zelândia

Escócia 33 x 5 Rússia

Estados Unidos 29 x 14 Quênia

Argentina 7 x 47 Fiji

País de Gales 17 x 5 África do Sul

Austrália 14 x 19 Inglaterra

 

Domingo, dia 6 de maio – das 6h30 às 15h00 (horário de Brasília)

Quartas-de-final do Bowl (Taça Bronze – disputa pelo 9º lugar)

Estados Unidos 21 x 22 Rússia

Portugal 5 x 7 França

Escócia 19 x 12 Quênia

Espanha 14 x 7 Zimbábue

 

Quartas-de-final da Cup (Taça Ouro – disputa pelo 1º lugar)

Inglaterra 19 x 14 África do Sul

Fiji 34 x 10 Samoa

País de Gales 7 x 17 Austrália

Nova Zelândia 36 x 5 Argentina


Semifinais do Shield (Taça Madeira – disputa pelo 13º lugar)

Estados Unidos 17 x 14 Portugal

Quênia 24 x 7 Zimbábue

 

Semifinais do Bowl (Taça Bronze – disputa pelo 9º lugar)

Rússia 12 x 10 França

Escócia 07 x 10 Espanha

 

Semifinais do Plate (Taça Prata – disputa pelo 5º lugar)

África do Sul 00 x 47 Samoa

País de Gales 12 x 05 Argentina

 

Semifinais da Cup (Taça Ouro – disputa pelo 1º lugar)

Inglaterra 26 x 21 Fiji – 21  21 no tempo normal

Austrália 07 x 22 Nova Zelândia


Final do Shield (Taça Madeira – disputa pelo 13º lugar)

Estados Unidos 14 x 22 Quênia

 

Final Bowl (Taça Bronze – disputa pelo 9 lugar)


Espanha 19 x 33 Rússia

 

Final Plate (Taça Prata – disputa pelo 5 lugar)


Samoa 31 x 12 País de Gales

 

Disputa do terceiro lugar

Fiji 31 X 17 Austrália

 

Final Cup (Taça Ouro – definição do campeão)


Inglaterra 14 x 29 Nova Zelândia