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Nesse sábado, também conheceremos os reis do Seven-a-side masculino, assim como o do feminino, com a realiação do BR Sevens, em Embu das Artes, encerrando oficialmente a temporada da modalidade, à medida que diversos clubes já iniciam os preparativos para a temporada de XV.

É muito difícil apontar um favorito em um campeonato com tantos campeões regionais, especialmente com a falta de jogos entre times de diferentes estados, mas o Portal do Rugby fez a análise do que se pode esperar da competição, que tem o São José como atual tetra campeão (incluindo o extinto Circuito Brasileiro de Sevens), e a partir dos resultados estaduais e do BR Sevens de 2011.

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Para chegar à fase final, não há segredo. Vencer, e bem, pois apenas os primeiros e os dois melhores segundos colocados dos seis grupos, se classificam, o que acabou criando diversos “grupos da morte”. Ao lado de cada time, a classificação de cada um na última edição, que não pôde ser determinada totalmente pois somente os oito melhores colocados tiveram jogos. Temos nesse ano, nada menos que seis equipes estreando na competição, mostrando bem a renovação no esporte.

Segundo informações, não há uma restrição para os jogadores da seleção atuarem na competição, mas os treinadores informaram sobre o risco de lesões perto do Sul-Americano, que acontece em menos de um mês.

 

Veja a tabela de jogos

 

Veja a análise dos jogos femininos!

 

Grupo A: São José (SP) – 1o, Taurus Uberaba (MG) – n/c, União Rugby Alphaville (SP) – n/c

O grupo A tem logo de cara o campeão paulista e campeão mineiro. O São José inicia sua luta pelo bicampeonato enfrentando dois estreantes, o União Rugby Alphaville, que entrou na competição com a desistência do Corinthians (6o lugar no Circuito Paulista), mas essa fato nem de longe pode ofuscar o brilho da equipe, que evoluiu muito ao longo da disputada competição e vem para incomodar, com um time com ótimo preparo físico.

Completa o grupo o Taurus Uberaba, que desbancou o sempre favorito Varginha em Minas Gerais, chegando à todas as finais do estadual, o que em si já mostra que o time não vai para Embu das Artes à passeio. 

Diego Rosa, do URA, comenta a participação da equipe: “A nossa meta nessa temporada era justamente a classificação ao BRSevens, . Agora, iremos aproveitar esse primeiro Brasileiro da história de nosso clube para ganhar cada vez mais experiência contra os melhores. Nosso objetivo é continuar evoluindo e jogar melhor do que jogamos nas etapas do paulista para quem sabe surpreender e conseguir uma classificação entre os oito melhores do país.”

Pela sua condição de atual campeão nacional, e grande elenco, o São José é favorito, com URA e Taurus brigando pela segunda vaga.

 

Grupo B: Curitiba (PR) – 2o, Londrina (PR) – n/c, Balneário Camboriú (SC) – n/c

O Curitiba foi a grande sensação de 2011, com um time muito jovem e que só parou diante da experiência joseense e de Erick Cogliandro “Putim” que teve atuação primorosa especialmente na final. Nessa edição, os Touros pegam um grupo teoricamente mais fácil que em 2011 (quando enfrentaram Guanabara, SPAC e Rio Branco), encarando o Londrina, que já conhecem das disputas estaduais (foi vice-campeão nas duas etapas) e o BC Rugby, convidado, após a desistência do Chapecó, que venceu a competição estadual, batendo inclusive o tradicional Desterro.

Os Touros são os favoritos para ficar com a primeira posição, com o Londrina ligeiramente favorito para a segunda posição, que não garante vaga para a próxima fase.

 

Grupo C: SPAC (SP) – 3o, Charrua (RS), Niterói (RJ) – n/c

O SPAC mostrou na semana passada que o futuro do clube está garantido, com o título do Brasileiro M18 de Sevens e agora será a vez dos adultos manterem a boa fase, vindos do título do SPAC Lions diante do São José no final de 2012. Ao longo do circuito paulista, o clube alternou bons e maus momentos, conquistando duas etapas, mesmo sem sua força total ao longo das cinco etapas. Para o BR Sevens, deve sofrer a perda de Felipe Claro “Alemão”, um dos destaques do Brasil nos jogos de Sevens do começo de ano, que se lesionou. 

O Niterói possui um estilo de jogo bem veloz, semelhante ao SPAC e vem pela primeira vez para o BR Sevens, tendo terminado o estadual na segunda posição. Devem entrar em campo jogadores bem conhecidos como Robledo Veiga e David Grael, ambos experientes e em grande forma e vão lutar de igual pra igual. O Charrua, corre por fora, apesar de ter aprontado em 2011, ao eliminar o forte Pasteur, de jogo parecido com seus adversários desse fim de semana. Com a velha garra gaúcha, devem lutar pela segunda posição.

 

 

Grupo D: Desterro (SC) – 4o, Pasteur (SP), Goianos (GO) – n/c

Do grupo D devem sair um dos melhores jogos do dia, com o confronto entre Desterro e Pasteur. Os Galos de São Paulo se sagraram vice-campeões estaduais, se garantindo entre os quatro melhores em todas as edições, e levando uma etapa. O Desterro ficou apenas na segunda posição do Catarinense, mas tem um conjunto de jogadores perigosos que podem decidir o jogo, como em 2011, quando chegaram à semifinal, terminando na quarta posição.

Completa o grupo o time do Goianos. Pela primeira vez o centro-oeste será representado na competição e o time participou do Lions como parte dos preparativos para a competição, terminando na 17a posição. 

PAsteur e Desterro brigam pela primeira vaga, e possivelmente uma das segundas vagas disponíveis deve sair justamente desse grupo.

O Pasteur não terá os jogadores Thiago Maihara e Diego Lopez, mas segundo o treinador Paulo Meireles, isso não será problema. “O Pasteur se apresenta com o grupo do circuito paulista. Os atletas da seleção jogaram apenas a ultima etapa do circuito paulista, então apostamos no nosso grupo. Estamos treinando muito bem desde o começo de janeiro. Esperamos fazer bom torneio e mostrar a força de nossa família.”

 

Grupo E: Rio Rugby (RJ) – 8o, Farrapos (RS), Alecrim (RN) – n/c

O Rio Rugby é a grande força do Seven-a-side fluminense, e é fácil entender porque, com jogadores muito velozes, como “Careca”e Brian, que são ameaças constantes e tem facilidade em criar espaços no jogo de formato reduzido. Em 2011, parou somente diante de times mais tradicionais, como São José e Desterro. Vão ter pela frente o Farrapos, ótimo time do sul, e o Alecrim, maior força do Nordeste atualmente.

A exemplo do Charrua, o Farrapos possui um time mais pesado que a média, mas já mostrou que não se intimida diante do favoritismo alheio. Em 2011, o time sucumbiu na primeira fase diante de um representante do Nordeste, o FTC/Bahia, resta ver se terá mesmo destino nesse ano, diante da motivada equipe do Alecrim que está se preparando intensamente para o Sevens e para a Liga Nordeste que se inicia em breve.

 

Grupo F: Bandeirantes (SP) – 7o, Varginha (MG) – 5o, Jacareí (SP) – n/c

O último grupo reserva um grande jogo entre paulistas e um forte intruso que pode estragar a festa dos times de São Paulo. O Jacareí novamente aposta na sua juventude, que estreou nas competições adultas no último circuito paulista, mostrando o potencial da turma. O time terminou o circuito na terceira posição, pecando pela inexperiência, que deve vir com o tempo para buscar mais títulos. Alguns jogadores já estavam no grupo que se sagrou campeão junior em 2011. terãopela frente o Bandeirantes, que a exemplo do SPAC cresceu muito ao longo do Circuito estadual, e vem forte para tentar a primeira posição, assim como os mineiros do Varginha. 

O time preto e amarelo do interior mineiro tomou um susto, o terminar o estadual na segunda colocação mesmo vencendo duas etapas em três, mas convidado, vai tentar melhor sorte do que na edição anterior, quando foi eliminado na primeira fase, batendo somente o FTC.

Segundo Fernando Portugal, que recentemente voltou à seleção brasileira, “O Bandeirantes está com uma equipe forte. Não temos grandes estrelas e nem talentos individuais que irão decidir nossos jogos. Estamos com um conjunto muito forte e confiantes no jogo coletivo para chegar às finais.” O jogador está tratando um estiramento na coxa e deve ser um importante desfalque para o time da capital paulista.

Jacareí devem lutar pela primeira posiç!ao, e possivelmente uma das segundas vagas deve sair deste grupo. Varginha pode surpreender.

 

Relação de árbitros para o BR Sevens 2012/2013

Hoje foi divulgada a lista de árbitros para a competição. Apesar da maciça presença de árbitros do estado de São Paulo, merece destaque a iniciativa de incluir árbitros de outras regiões, como Daniel Figueiredo e Luciano Miranda, do Centro-Oeste. O intercâmbio é extremamente importante para o desenvolvimento técnico da arbitragem nacional, e todos estarão sob olhar atento do Manager da arbitragem nacional, o argentino Marcelo Toscano.

Lista de árbitros para o BR Sevens

Mariano de Goycoechea (Fedração Paulista)
Fermín Padilla (Federação Paulista)
Renato Scalércio (Federação Paulista)
Nayara Rúbia (Federação Paulista)
Bruno Lisbão (Federação Paulista)
Henrique Platais (Federação Fluminense)
Vitor Magalhães (Federação Fluminense)
Cristiana Futuro (Federação Fluminense)
Daniel Figueiredo (Federação do Mato Grosso do Sul)
Lucas Santos (Federação Gaúcha)
Ricardo Sant’Anna (Federação Gaúcha)
Luciano Miranda (Brasilia)

Árbitros Assistentes:
Mauricio Meira (Federação Paulista)
Victor Barboza (Federação Paulista)
Regis de Oliveira (Federação Paulista)
Luciano Sampaio (Federação Paulista)
Claudia Queliconi (Federação Paulista)
Diego Ferrari (Federação Paulista)
Julio Prado (Federação Paulista)
Débora Thomsen (Federação Paulista)
Leandro de Paula (Federação Paulista)
Bruno Serminaro (Federação Paulista)
Giovana Ferrarini (Federação Paulista)
Guillaume Riberá (Federação Paulista)
Raphael Santana (Federação Paulista)
Silvia Caroline (Federação Paulista)
Guilherme de Queiroz (Federação Paulista)
Rafael Nichioka (Federação Paulista)
Daniela Pacheco Felix (RN)
Karlla Davis (USA)

Coach de árbitros: Alberto Nepomuceno (Federação Paulista)
Manager: Marcelo Toscano