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Neste sábado (21), ocorreu a primeira partida válida pelo Campeonato Paranaense, a qual as equipes do Maringá Hawks e Lobo Bravo Guarapuava se enfrentaram no campo do Parque Alfredo Werner Nyffeler, vulgo Buracão, em Maringá.

 

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Veja as fotos por Fly Rec, imagens aéreas!

 

O tempo estava agradável para a prática esportiva, com o céu nublado, mas longe da previsão de temporal que todos esperavam. Para marcar o início do Campeonato, foi providenciada uma mesa de som para que pudessem tocar o Hino Nacional. Ao mesmo tempo, os jogadores de ambas as equipes e também o público tiveram algo a mais para observarem: um drone seria utilizado para fazer algumas filmagens e fotos da partida.

Com alguns minutos de atraso o jogo começou com a equipe da casa chutando, mas o avanço foi abafado por um chute para barrar o avanço territorial. A jogada seguinte deu-se por um line-out para a equipe do Maringá, mas a jogada não foi concluída por causa de um knock-on. Com a posse do scrum a equipe do Guarapuava manteve a posse, e sofrem penal logo em seguida. Até o momento a partida foi decidida no meio de campo, com grande participação dos packs de forwards e, para sair à frente do placar, os visitantes decidiram ir para os paus, mas não marcam.

No recomeço, os maringaenses utilizaram o chute territorial, fazendo com que a partida fosse realizada no meio de campo. Apesar dos poucos minutos jogados, ficara evidente o padrão de ambas as equipes, estudar o adversário e fazer a leitura dos possíveis espaços. Guarapuava saiu na frente e aproveitando a posse, conseguiu o avançar auxiliados com o apoio dos forwards Aurélio Spegel e WaldyrReccanello. Na expectativa de avançar mais próximos à lateral, foram barrados com um belo tackle do capitão maringaense Fernando Mazon.

Muitos lines e scrums marcaram a primeira etapa, bem como os chutes defensivos. Por um lado, o Lobo Bravo fez uso de pickandgoe offloadsoptando por um jogo de fases, por outro os Falcões responderam com uma defesa concisa. O Guarapuava teve grande chance em uma jogada trabalhada especialmente pelos forwards, chegando próximo ao in-goal, mas o ataque foi barrado. Maringá com a posse recuperada foi tentando recuperar território, mas cometeu dois penais seguidos. Em uma nova tentativa, o Lobo Bravo decidiu tentar uma conversão, sem sucesso.

A partir da conversão mal sucedida, os maringaenses voltaram a se estabelecerem. Após a recepção, foram trabalhando a bola, com chute defensivo e jogo com fases. Os visitantes acabaram cometendo um penal. O Maringá optou por ganhar mais território, chutando para a lateral. Após a cobrança, o Lobo Bravo volta a ganhar posse e à 5 metros do in-goal, sofre penal. No scrum, os forwards anfitriões se destacaram, ganhando a posse e após a bola sair pelo oitavo, o scrumhalfLucas Dias abriu para o primeiro centro Fernando Mazon, chamando o contato e passando para o segundo centro que por sua vez passou para o ponta Murilo Diasfinalizar com try, convertido por Lucas Bagé.

O árbitro André Oliveira decidiu interromper a partida para que as equipes pudessem se hidratar, uma vez que o sol começara a castigar os atletas.A partida recomeçou dura, com os visitantes reagindo. Novamente, o oitavo e pilar da equipe dos lobos voltaram à serem os cabeças das jogadas, como optar por chamar a marcação na lateral e fazer o uso dos passes para o ataque ganhar velocidade.

Em uma jogada originária em um scrum, os lobos avançam com um maul, mas apesar de terem a posse roubada, o time maringaense cometeu penal, dando assim um novo scrum para a equipe adversária, que ganham e tentam avançar com chutes, mas o fullback maringaense Caique Ramos, mostrou muita tranquilidade ao recepcionar a bola e anular as jogada, chutando-a. Novamente, o oitavo voltou a atuar e, com a chuva, o campo ficou mais pesado, próprio para pack de forwards mostrarem serviço e, optando pelo jogo de fases, que apesar de tackleado, conseguiu que a jogada tivesse continuidade em 6 fases garantindo o primeiro try com o flanker Carlos Ferraz, não convertido.

Próximo ao fim da primeira etapa, Maringá voltou a crescer e com uma jogada voltada aos backs voltou a pontuar com Murilo dias, com inversão de jogada, mostrando bastante inteligência. Nos minutos finais, os lobos cometeram dois penais, sendo o primeiro resultando em scrum, o qual Maringá aproveitou e o segundo penal foi aproveitado com o abertura Lucas Bagé indo para os paus e ampliando.

No reinício da partida, a equipe anfitriã começou mal, cometendo dois penais em sequência, o qual foi muito bem aproveitado pela equipe de Guarapuava, diminuindo com try de Reccanello, não convertido.

Após o chute, o Guarapuava voltou a atacar, utilizando passe em “x” seguidos por pick’n go, após knock-on da equipe da casa. A jogada de fase não deu muito certa e o jogo se inverteu com Maringá retomando a posse e avançando até pontuar com Eduardo Real, não convertido.

Em novo lance a equipe dos lobos recepcionaram a bola oriunda de um chute da equipe da casa e continuaram optando pelo jogo de forwards, mas em certa fase, cometeram penal no ruck, não liberando a bola. A equipe anfitriã avançou também com rucks e após sofrer penal optaram por tentar a conversão e ampliam com o abretura.

Após a cobrança o nível do jogo caiu bastante, sendo marcado por substituições de ambos os lados. Com a renovação de tempo à tempo, os atletas estreantes na partida entraram um pouco perdidos, mas o ataque continuou sendo realizado, em particular, no meio do campo, isso é, sem avanços.

O Maringá teve uma série de boas oportunidades após roubadas de bolas, mas as jogadas não foram concluídas por canta de diversos penais. Somente aos quinze minutos a equipe  da casa voltou a pontuar, após cobrança de line-out, avançaram e conseguiram inverter o jogo, alterando a posse de ponta à ponta e com isso, concluíram o último try da partida com o capitão Fernando Mazon, convertido pelo abertura.

Após a cobrança, o jogo voltou a cair, e as oportunidades não conseguiram ser concluídas. O silvo do árbitro marcou o fim da partida, com as equipes se cumprimentando e a equipe de Maringá agradecendo à torcida. Em entrevista ao Portal do Rugby, os capitães das duas equipes deram suas opiniões em relação à partida. “O jogo começou bem equilibrado, o que era esperado pelas duas equipes enquanto descansados. OGuarapuava ainda teve a oportunidade de sair na frente, mas desperdiçaram o penal. Maringá então abriu o placar e com o ótimo apoio da torcida, familiares e a própria bateria,conseguiu manter o ritmo e ampliar.Já na segunda etapa, os atletas de ambas as equipes estavam bastante cansados, mas com algumas substituições conseguimos administrar e ampliar a vantagem, retribuindo com uma vitória o apoio da torcida” disse Fernando Mazon (Maringá Hawks).

“Apesar de ser sempre um jogo de rivalidades exacerbadas, esta última edição da disputa entre Falcões e Lobos decorreu de forma bastante tranquila, com os jogadores de ambas as equipes demonstrando o característico respeito pelo jogo, pelos adversários e pelas regras da arbitragem. Com um time renovado e contando com muitos estreantes o Lobo Bravo, lutou bravamente, mas não conseguiu fazer frente à maior experiência da equipe do Maringá Hawks. A cobertura midiática do jogo está de parabéns, com ótimas fotografias e imagens aéreas, sempre merecendo destaque a organização e arbitragem da Federação Paranaense de Rugby, que proporcionaram ao evento o destaque que merecia” disseAurélio Spegel.

Melhor jogador em campo: O Portal do Rugby elegeu André “Abobrão” Santos como o melhor jogador em campo.

 

Artigo por Julio Cezar Oliveira