Super Sevens - SJC - Desterro x Niterói

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Super Sevens - SJC - Desterro x Niterói

Começou neste sábado o Super Sevens, o Circuito Brasileiro Feminino de Sevens. E com título catarinense em gramados paulistas! O Desterro, de Florianópolis, derrotou as fluminenses do Niterói na grande final da etapa de São José dos Campos, o primeiro torneio do circuito, e largou na frente pelo título máximo do rugby feminino nacional! A equipe campeã brasileira de 2011, o SPAC, terminou a competição em 3º lugar, tendo sido superada pelo Niterói na semifinal. Em quarto lugar ficou o Bandeirantes, enquanto as anfitriãs do São José terminaram no quinto posto, conquistando a Taça Prata com uma vitória sobre as gaúchas do Charrua.

O torneio joseense contou com a participação de 10 equipes de 6 estados diferentes. Dessas 10 agremiações, 6 têm o status de equipes centrais do circuito, isto é, as equipes que disputarão todas as etapas do Super Sevens. São elas: SPAC (SP), Bandeirantes (SP), São José (SP), Niterói (RJ), Desterro (SC) e Charrua (RS). Foram convidadas para a etapa joseense: Pasteur (SP), BH Rugby (MG), Urutau (PR) e Jacareí (SP).

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O primeiro colocado de cada torneio garante 20 pontos na classificação geral. O vice-campeão fica com 15, o 3º com 12, o 4º com 10, o 5º com 8, o 6º com 6, o 7º com 4, o 8º com 3, o 9º com 2 e o10´º com 1 ponto.

A próxima etapa será disputada em Porto Alegre, nos dias 28 e 29 de julho. São no total 5 etapas, sendo que Niterói, Florianópolis e São Paulo ainda sediarão torneios do Super Sevens.

 

Catarinenses triunfam em São José dos Campos

Escrito por: ZDL

A final do torneio começou bem equilibrada, mas o Niterói cometeu alguns erros de passe, o que possibilitou ao Desterro abrir o marcador com um try, não convertido, da capitã, Julia Sardá. Alguns minutos depois, novo try da equipe de Florianópolis, dessa vez com Maíra da Ros, convertido por Taís Balconi. O Niterói pressionou no final da primeira etapa, mas foi para o intervalo em desvantagem no placar. No segundo tempo, as fluminenses tentaram se recuperar, mas o desgaste provocado pelas cinco partidas realizadas antes da final pesaram. O preparo físico das jogadoras foi uma das vantagens do Desterro, que marcou um novo try com Beatriz da Silva, convertido por Renata da Silveira, e segurou o placar em 19 a 0.

“Usamos bem as nossas 10 atletas, porém conseguimos manter esse nível porque não perdemos ninguém por lesão e todas mostraram boa resistência. Mas não foi nada fácil chegar até aqui. Acredito também que aproveitamos melhor as oportunidades e que erramos menos que as demais equipes. Conforme os jogos finais se aproximavam o nível técnico aumentava, então a margem para errar era cada vez menor e conseguimos administrar melhor isso. Porém, sabemos que temos que dar continuidade ao nosso trabalho, pois os times vão melhorar com o decorrer do evento e nós temos que acompanhar essa evolução”, comenta Pedro Oliveira, treinador do Desterro.

Contudo, o vice-campeonato é só o começo para as meninas do Niterói, que pretendem se recuperar nas próximas etapas. Além disso, o Super Sevens mostrou-se uma grande preparação para o campeonato nacional, que será disputado no fim do ano. “Para nós que não temos esse nível de jogo regionalmente, o circuito serve como um parâmetro para o que vamos encontrar e também para estudar melhor nossas forças e fraquezas. Hoje, por exemplo, vimos que temos que trabalhar melhor a defesa, tivemos falhas na movimentação, e precisamos de um tackle mais efetivo. Mas nossa equipe também está se renovando, algumas jogadoras que não vieram nessa etapa certamente aparecerão nas demais para continuarmos na busca pelo título”, explica o técnico Daniel Aiello.

Uma das principais propostas do Super Sevens é dar vivência às atletas. A experiência adquirida de jogar entre as melhores equipes do país enriquece todas as jogadoras, em especial as que estão no começo. “Esse é o nosso primeiro evento nacional e foi um ótimo aprendizado para todas. Nossa equipe tem apenas dois anos, vimos que existe sim uma grande diferença técnica entre os times mais experientes, porém nada que a gente não possa alcançar com um trabalho bem executado”, diz André Ricardo Prestes, treinador do Urutau, do Paraná, convidado da etapa.

Mesmo as jogadoras que atuam há mais tempo sabem que esse novo desafio irá desenvolver ainda mais o rugby feminino no país. “Até o ano passado nós jogávamos um torneio por ano e agora com o Super Sevens podemos aprimorar cada vez mais. Essa iniciativa só ajuda a completar e ampliar o time brasileiro para 2016. Inclusive, para a atuação do Brasil no exterior, primeiro temos que melhorar nossas condições locais e esse foi um grande passo para que isso aconteça”, relata Julia Sardá, atual capitã da seleção brasileira.

 

Super Sevens










Sábado

SPAC 34 x 0 Pasteur

Bandeirantes 15 x 0 BH Rugby

Niterói 62 x 0 Jacareí

São José 33 x 0 Urutau

SPAC 27 x 0 BH Rugby

Charrua 27 x 0 Pasteur

Niterói 32 x 0 Urutau

Desterro 51 x 0 Jacareí

SPAC 15 x 0 Bandeirantes

Charrua 17 x 5 BH Rugby

Niterói 22 x 5 São José

Desterro 32 x 0 Urutau

BH Rugby 34 x 5 Pasteur

Charrua 0 x 17 Bandeirantes

Urutau 12 x 0 Jacareí

Desterro 22 x 0 São José

 

Domingo

SPAC 15 x 0 Charrua

Bandeirantes 29 x 0 Pasteur

Niterói 0 x 15 Desterro

São José 29 x 0 Jacareí

 

 

Semifinal Prata 1 – Charrua 15 x 7 Urutau

Semifinal Prata 2 – São José 43 x 5 BH Rugby

Semifinal Ouro 1 – SPAC 0 x 15 Niterói

Semifinal Ouro 2 – Desterro 19 x 5 Bandeirantes

Final Bronze – Pasteur 39 x 0 Jacareí

Decisão do 3º Prata – Urutau 5 x 26 BH Rugby

Final Prata – Charrua 0 x 32 São José

Decisão do 3º Ouro – SPAC 14 x 0 Bandeirantes

Final Ouro – Niterói 0 x 19 Desterro

desterro

DESTERRO CAMPEÃO

 

Classificação final da 1ª etapa do Super Sevens

1 – Desterro (SC)

2 – Niterói (RJ)

3 – SPAC (SP)

4 – Bandeirantes (SP)

5 – São José (SP)

6 – Charrua (RS)

7 – BH Rugby (MG)

8 – Urutau (PR)

9 – Pasteur (SP)

10 – Jacareí (SP)