Gregg

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Gregg

Encerrado o Campeonato Sul-Americano de XV, o Portal do Rugby conversou com um dos protagonistas da Seleção Brasileira, o experiente Daniel Gregg. O jogador brasileiro se mostrou otimista com relação ao desempenho dos Tupis, confira!

 

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1 – O desempenho da Seleção Brasileira no Sul-Americano foi próximo daquilo que o grupo esperava? Quais foram as principais mudanças que você enxergou no grupo atual com relação à equipe de 2011?

Fomos para este Sul-Americano com uma equipe muito nova, o que nos deixou apreensivos por conta da pouca experiência de alguns jogadores. Foram pelo menos 10 estreantes na seleção principal! Não sabiamos muito bem o que esperar deste grupo tão modificado, comparado ao de 2011 .

Trabalhamos por 2 meses para este Sul-Americano, pouco tempo comparado ao ano passado. Mas mesmo assim conseguimos fazer o jogo que haviamos proposto ao grupo e tivemos excelentes resultados.

 

2 – Como você avaliou a estreia da Seleção Brasileira diante do Chile? Como o grupo encarou o resultado histórico obtido?

O Chile estava com a mesma equipe de 2011. Jogadores que jogam na Europa e mais experientes. Começamos o jogo com nossa equipe mais experiente e conseguimos impor nosso jogo e nosso ritmo. Acabamos fazendo muitos penais, o que ajudou o Chile a converter alguns deles. Um lado positivo foi nossa defesa, que funcionou muito bem, e levamos apena 1 try chileno .

Terminamos o jogo de certa forma satisfeitos. Não com o placar, mas sim com o nosso jogo. Fizemos tudo que foi proposto, o que nos deixou mais confiantes.

 

3 – Como vocês lidaram com o resultado contra a Argentina? Qual a explicação para o placar dilatado e qual foi o impacto dele entre jogadores e comissão técnica?

Entramos com a equipe bem diferente em relação ao jogo contra o Chile, mas muito motivada. Os treinadores deram oportunidades ao novatos e preferiram “poupar” alguns titulares. O peso da camisa argentina pesou um pouco, pois era a mesma Argentina que estava jogando o campeonato da primeira divisão sul-africana, e teve mais de 10 jogadores convocados para os Pumas. Para mim também foi uma estreia, pois nunca havia jogado contra a Argentina XV . O nivel tecnico e fisico entre as seleção era muito diferente. Mesmo assim os jogadores brasileiro estão de parabéns, pois em nenhum momento paramos de lutar e de tentar impor nosso jogo.


4 – Por muito pouco o Brasil não conquistou uma sensacional vitória sobre o Uruguai, a primeira desde os anos 60. E o jogo teve direito a grande try seu. Qual a avaliação desse jogo? Como vocês entraram em campo e o que faltou para a tão sonhada vitória?

Foi quase !!! Iniciamos o jogo com os jogadores muito motivados por conta dos outros jogos e com muita confiança de que faríamos nosso jogo e sairíamos com a vitória. Fizemos nosso primeiro try (Daniel “Nativo”) em cima do ponto forte do Uruguai, que eram os seus forwards . Em outro ataque, tive a oportunidade de passar pela defesa uruguaia e marcar nosso segundo try. Acabamos o primeiro tempo na frente. Nossa defesa funcionou muito bem, mas acredito que nosso ataque foi mais eficiente. Depois acabamos levando mais dois tries, mas sem baixar a guarda e a motivação. Os forwards brasileiros trabalharam muito! Estão de parabéns! Como sempre, corremos atrás até o final!

Mostramos uma enorme superação e vontade de vencer! Mais uma vez , apesar da derrota, saimos com a sensação de que estamos cada vez mais perto das vitórias!


5 – Por fim, quais as suas expectativas para o futuro dos Tupis diante da renovação no elenco, dos resultados obtidos em Santiago e do trabalho realizado pela comissão técnica neozelandesa?

Temos que esperar para ver como ficará esta parceria com os neozelandeses. Seria ótimo poder continuar o trabalho que os treinadores Tabs, Razor e Frubbe iniciaram! Eu, particularmente, aprendi muito nesses últimos meses. Outras e novas experiências são sempre bem vindas. Não sei se continuaremos com o o mesmo grupo de jogadores. Mas uma coisa é certa, estamos no caminho para grandes vitórias.