Sul-africano Bryan Habana, o maior artilheiro entre os países do "Tier 1" - Rugby World Cup

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A Série Mundial de Sevens Masculina chegará à metade de sua temporada 2015-16 nesse fim de semana, quando Las Vegas, nos Estados Unidos, receber as melhores seleções do mundo mais uma vez. A etapa da “Sin City” é a quinta entre as dez do circuito e será repartida ao longo de três dias: na sexta-feira, cada seleção fará dois jogos da primeira fase, enquanto o terceiro jogo da fase de grupos e as quartas de final serão no sábado. Já as semifinais e as finais ocorrerem no domingo, com transmissão do BandSports para o Brasil.

 
O torneio que acontece no Sam Boyd Stadium, com 36 mil lugares (e o campo mais estreito do circuito, que dificultará os velocistas), brindará o torcedor com um verdadeiro desfile de craques internacionais, já em ritmo de Jogos Olímpicos. Três campeões do mundo no XV estarão em campo: Sonny Bill Williams e Liam Messam, pela Nova Zelândia, e Bryan Habana, maior anotador de tries da história da Copa do Mundo, que retorna ao sevens sul-africano depois de 12 anos longe da modalidade reduzida. A eles se juntará o australiano Quade Cooper, que finalmente fará sua estreia no sevens.

 

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O Las Vegas Sevens de 2016 terá emoção a mais também porque os três primeiros colocados do circuito estão empatados em número de pontos, com Fiji, África do Sul e Nova Zelândia polarizando a competição. O torneio americano ganha centralidade assim, além de ser um divisor de águas para qualquer seleção fora essas três que queira efetivamente brigar pelo título. Para a Austrália de Cooper, é esta a hora de reagir.

 

A Nova Zelândia, campeã dos dois últimos torneios, em Wellington e Sydney, pegou o grupo mais tranquilo, tendo o Quênia como principal concorrente. Desde que Sonny Bill Williams estreou no sevens, os All Blacks não perderam nenhum torneio, ainda que sofrendo muito – até os minutos finais – para vencer, e passando por polêmicas, como quando usou 8 jogadores em campo contra a Austrália. O time liderado por Tim Mikkelson transborda em qualidade e a estreia de Liam Messam será um impulso extra a um time que já tem cara de imbatível. DJ Forbes segue como outro pilar sólido do time, que, no entanto, não terá Ardie Savea e as estrelas que despontaram Akira e Rieko Ioane, todos atuando já no Super Rugby.

 

Os quenianos chegam forte, apesar de campanha discreta em Sydney. O time africano tem Colins Injera, que pode se tornar já em Vegas o segundo maior tryman da história do circuito. Rússia e Portugal completam o grupo e fazem duelo essencial na luta contra o rebaixamento, já que os dois são os maiores concorrentes diretos contra o último lugar da temporada. Portugal deu mostras de reação em Sydney e precisará provar nos EUA que está no caminho certo.

 

No Grupo B, a Austrália será o foco das atenções, com Quade Cooper debutando (mas sem Nick Cummins, que havia sido originalmente anunciado para o torneio). O time do capitão Ed Jenkins é forte e provou isso em casa, alcançando o vice campeonato e revelando uma jovem estrela, Henry Hutchison. Para muitos, na verdade, o título em Sydney deveria ter sido australiano, pois os All Blacks usaram 8 homens contra os aussies na decisão. A polêmica certamente dará inspiração extra para a Austrália em Vegas.

 

A concorrente mais forte dos australianos é a Inglaterra, que desembarca à cidade dos casinos sem jogadores importantes, como Dan Bibby e Alex Davis, mas com os preciosos retornos de Charlie Hayter, Phil Burgess e Dan Norton, que tornarão o time inglês ainda mais forte e no trilho da reabilitação, após fraca campanha na etapa passada. Em sua cola pelas quartas de final estará a Escócia, que já não mostra o mesmo fôlego da temporada passada, enquanto o Japão, convidado pela quarta vez entre cinco etapas até aqui corre por fora.

 

No Grupo C, Fiji é a grande força e precisa mais do que nunca reverter seu declínio. Os fijianos começaram a temporada em chamas, faturando o torneio de Dubai, mas mostraram deficiência nos torneios seguintes e perderam terreno para sul-africanos e neozelandeses. O técnico Ben Ryan convocou duas caras novas para Fiji, Josua Vici e Masivesi Dakuwaqa, que despontaram em torneio regional, e se somarão a um elenco forte, mas que esteve pouco inspirado nas etapas da Oceania. A inspiração de Vatemo Ravouvou e do artilheiro Savenaca Rawaca serão essenciais.

 

A luta pelas vagas nas quartas de final será intensa nesta chave, com Samoa, França e Argentina sedentas por seu espaço. Os Pumas são os favoritos e terão os retornos de Bautista Ezcurra, Axel Müller, Segundo Tuculet e do artilheiro Rodrigo Etchart, que estiveram envolvidos no Americas Rugby Championship. Eles não chegam descansados, mas têm grande qualidade para serem instrumentais no crescimento progressivo e nítido que a Argentina vem tendo na temporada. Samoa, por sua vez, terá caras novas, com o técnico Damian McGrath chamando Alamanda Motuga e Alex Samoa, que impressionam em torneio regional. Já a França está com o sinal de alerta e mais do que nunca precisa de uma grande campanha. Os Bleus declinaram melancolicamente na temporada, tendo terminado em último lugar em Sydney. O motivo de tão pífia campanha talvez tenha sido a lesão do líder Terry Bouhraoua, que volta ao time em Vegas. A França ainda terá mais dois nomes conhecidos do XV dando as caras no sevens: Sofiane Guitoune (do Bordeaux) e Pierre-Gilles Lakafia (do Castres), que esperam impressionar mais do que Ouedraogo e Martial (que não foram bem e não foram chamados para viajarem aos EUA).

 

No Grupo D, o favoritismo está com a África do Sul, de ninguém menos que Bryan Habana, liberado pelo Toulon. O melhor jogador do mundo de 2007 já jogou sevens pelos Boks, em 2004, e ambiciona adicionar uma medalha olímpica a seu invejável currículo. Outro atleta que fez sucesso com os Springboks, Ryan Kankowski, foi chamado e reforçará um elenco que já conta com lendas do sevens como Cecil Afrika, Branco du Preez e Kyle Brown, além do artilheiro da temporada em tries Seabelo Senatla.

 

Os anfitriões, as Águias dos Estados Unidos, estarão na cola da África do Sul e famintas por uma zebra (ou um Springbok, no caso). O time estadunidense mostra muita evolução no sevens e joga em casa, mas perdeu fôlego perigosamente no circuito depois de começar tão bem, com vitórias sobre a Nova Zelândia. Peças os EUA têm para fazerem sucesso, com Carlin Isles e Perry Baker em boa forma, sendo hoje quarto e quinto trymen da temporada. Na cola, em busca de frustrar seus vizinhos, está o Canadá, que contará com a liderança de Phil Mack, recordista no sevens do país, e com os retornos preciosos de Sean Duke e Conor Trainor, fazedores de tries. Gales completa o grupo, estando no páreo penas finais, mas passando por uma fase bem ruim.

 

SWS 2015-16 logo

Las Vegas Sevens – 5ª etapa da Série Mundial de Sevens Masculina 2015-16 – em Las Vegas, Estados Unidos

Grupo A: Nova Zelândia, Quênia, Portugal e Rússia

Grupo B: Austrália, Inglaterra, Escócia e Japão

Grupo C: Fiji, Argentina, Samoa e França

Grupo D: África do Sul, Estados Unidos, Canadá e Gales

 

Sexta-feira, dia 04 de março / Sábado, dia 05 de março

*das 20h51 às 02h45, hora de Brasília

Nova Zelândia x Portugal

Quênia x Rússia

África do Sul x Canadá

Estados Unidos x Gales

Fiji x Samoa

Argentina x França

Austrália x Escócia

Inglaterra x Japão

Nova Zelândia x Rússia

Quênia x Portugal

Estados Unidos x Canadá

África do Sul x Gales

Fiji x França

Argentina x Samoa

Austrália x Japão

Inglaterra x Escócia

 

Sábado, dia 05 de março

*Das 16h32 às 00h00, hora de Brasília

Portugal x Rússia

Nova Zelândia x Quênia

Samoa x França

Fiji x Argentina

Escócia x Japão

Austrália x Inglaterra

Canadá x Gales

África do Sul x Estados Unidos

+ Quartas de final

 

Domingo, dia 06 de março

*Das 15h30 às 21h30, hora de Brasília

Semifinais e Finais

 

ClubeCidadeJogosPontos
OyonnaxOyonnax3090
AgenAgen3087
MontaubanMontauban3086
Mont-de-MarsanMont-de-Marsan3083
BiarritzBiarritz3081
PerpignanPerpignan3079
ColomiersColomiers3078
AurillacAurillac3070
CarcassonneCarcassonne3064
BéziersBéziers3063
VannesVannes3061
NarbonneNarbonne3061
AngoulêmeSoyaux-Angoulême3061
DaxDax3059
AlbiAlbi3057
BourgoinBourgoin-Jallieu3017
- Vitória com 3 ou mais tries de diferença = 5 pontos;
- Vitória com menos de 3 tries de diferença = 4 pontos;
- Empate = 2 pontos;
- Derrota por 5 pontos ou menos pontos = 1 ponto;
- Derrota por mais 6 pontos ou mais = 0 pontos;
- 1º lugar: promoção ao Top 14
- 2º ao 5º lugares: mata-mata de promoção ao Top 14
- 15º e 16º lugares: rebaixamento