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bull cheetahs 2013

O campeonato começa a se aproximar do fim da temporada regular e as posições começam a se definir. Os líderes, Chiefs (56), Bulls (54) e Brumbies (54) estão praticamente garantidos nas finais. O Reds (50) continua firme no encalço do Brumbies, enquanto as duas ultimas vagas devem ficar entre Cheetahs (46), Crusaders (46) e Blues (43). Com Waratahs (40), Hurricanes (39), Stormers (38), Sharks (38) ainda com chances matemáticas de classificação.  

O Super Rugby terá apenas duas partidas no próximo final de semana, ambas envolvendo equipes australianas: os Brumbies receberão os Rebels, enquanto o Force receberá os Waratahs. Depois, nenhuma partida será disputada na liga até o dia 28, por conta da pausa que a competição dará pas as seleções nacionais jogarem seus tests.

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Crusaders melhora chances de classificação no jogo mais emocionante da rodada

Crusaders e Waratahs se encontraram em Christchurch. Ambas as equipes disputam as ultimas vagas nas finais e uma derrota para qualquer lado poderia significar o fim das esperanças de classificação, os australianos ainda lutavam contra o retrospecto de onze derrotas seguidas contra o Crusaders. No final, uma vitória emocionante do time da casa por 23 a 22 com uma atuação de gala, do lendário all-black, o abertura Dan Carter.   A partida começou com o Waratahs avassalador, o half Brendan Mckibbin abriu o placar cobrando um penal aos 6’. Aos 22’ o ponta Cam Crowford ampliaria a vantagem depois de uma bela jogada da linha, McKibbin converteria. Carter diminuiria cobrando um penal aos 25’. Mas o Warathas continuaria melhor e chegaria ao try novamente com o ponta cega Peter Betham, aos 33’, depois de uma grande corrida e de um belo off-load do asa Michael Hooper, McKibbin não converteria. O Crusaders conseguiria diminuir antes do fim do primeiro tempo. Aos 39’, depois de várias fases com os forwards, o hooker, Corey Finn, conseguiria por a bola no chão, Carter converteria. Fim do primeiro tempo 15 a 10 para os visitantes.  O Waratahs começou melhor novamente e aos 4’ minutos chegou ao try com o abertura Bernard Foley, que recebeu livre do oitavo Dave Dennis que interceptou um passe da linha do Crusaders, MacKibbin converteria. O Crusaders conseguiria, após o try, se organizar em campo, passaria a pressionar e chegaria ao try aos 26’ com o asa Matt Todd, em um maul que entrou no in-goal adversário, Carter não desperdiçaria. E Carter deixaria o Crusaders mais perto com um penal aos 29’, o próprio Carter colocaria o seu time a frente cobrando um penal, aos 34’, a mais de 50 metros de distância. O centro reserva Berrick Barnes teria a chance de colocar o Warathas a frente aos 81’, em um penal, mas erraria. Fim de jogo Crusaders, muito perto da classificação 23, Warathas 22.

 

Blues tropeça e pode perder a vaga nas finais

O Auckland Blues foi até Dunedin, na ilha sul da Nova Zelândia, para enfrentar o Highlanders que ocupa atualmente a ultima posição, com uma vitória, e apenas tenta terminar o campeonato com alguma honra. O time de azul, por outro lado, procurava voltar a vencer depois de duas derrotas seguidas e se manter na zona de classificação para as finais. No final um resultado que encantou o público no estádio e surpreendeu até o mais otimista dos espectadores, uma vitória do Highlanders por 39 a 28, em um jogo que os adversários não viram a cor da bola. Como aconteceu na rodada passada, contra o Brumbies, o Blues não entrou em campo no primeiro tempo, que teve o Highlanders jogando um rugby que ainda não tinha demonstrado esse ano.

O primeiro try do time da casa saiu aos 10’, com o fullback Ben Smith que, em um ruck na linha dos cinco metros, se aproveitou de um erro infantil da defesa adversária, que se esqueceu dos postes, para apenas pegar a bola e entrar no in-goal sem ser incomodado. O abertura Colin Slade acertaria a conversão, ele mesmo ampliaria cobrando um penal aos 18’. Aos 22’ o time do sul ampliaria com o segundo centro Tamati Ellison, que recebeu depois de um scrum na linha de cinco metros, e teve apenas de correr para o in-goal, Slade converteria. O Highlanders chegaria novamente aos 30’ com Smith, depois de uma jogada da linha, recebendo a bola na ponta para marcar, Slade dessa vez não conseguiria converter. O time da casa continuaria avassalador e aos 33’ chegaria novamente, dessa vez com o ponta cega Hosea Gear que foi quebrando diversos tackles até chegar no in-goal, Slade acertaria dessa vez. O Blues continuaria perdido no jogo, mas aos 40’ conseguiria chegar ao try, mais por descuido do adversário que por mérito. O ponta cega Waisake Naholo chutou para correr atrás e aproveitou que a defesa adversária bateu cabeça, para entrar sozinho no in-goal, o abertura Baden Kerr converteria e fecharia o placar do primeiro tempo em 30 para o Highlanders  contra 7 do Blues.

O segundo tempo começou como o primeiro, com Salde acertando dois penais, aos 6’ e aos 9’ e ampliando a vantagem. Porém, com o passar do tempo o Blues foi melhorando e começou a jogar, para pelo menos evitar um vexame histórico, e chegou ao try com segundo centro Rene Ranger, aos 14’, depois de uma excelente corrida do asa Luke Braid que passou para Ranger finalizar, Kerr converteria. O time de Auckland, revigorado com o try, chegaria com, aos 26’, com o asa Steven Luatua, que recebeu na linha dos cinco metros, passou por cima da defesa e fez o try, Kerr converteria novamente. O Highlanders conseguiria respirar novamente depois que o abertura reserva Hayden Park converteu um penal aos 36’. O Blues chegaria novamente aos 80’, com Braid depois de bater várias vezes com os forwards, Kerr converteria, mas não haveria mais tempo e o Blues sairia derrotado por 39 a 28. Com esse resultado o time de Auckland ocupa agora a sétima posição e terá de lutar muito para recuperar sua vaga nas finais, enquanto isso o Highlanders deixa a sua torcida com esperança de que dias melhores virão.

 

Na conferência sul-africana, Bulls confirma a liderança e Kings a ultima posição

O Bulls foi até Bloemfontein jogar contra a surpresa do campeonato o Cheetahs, na partida que poderia definir o líder da conferência sul-africana. No final os touros foram superiores e venceram por 30 a 25, em uma partida muito brigada. O Bulls começou melhor e chegou ao try aos 8’, com o pilar Werner Kruger, depois de uma troca de passes entre os forwards, o abertura Morne Steyn converteria. O time da casa responderia em uma jogada individual do ponta cega Willie Le Roux que, aos 13’, chutou para correr atrás e marcou o try, o abertura Riaan Smit converteria. O Bulls passaria a frente novamente aos 18’, em um maul, que terminou com o asa Deon Stegmann fazendo o try,  Steyn converteria. Smit diminuiria para o Cheetahs, cobrando um penal aos 28’ e Steyn encerraria o primeiro tempo cobrando um penal aos 40’. Fim do primeiro tempo 17 a 13 para os visitantes.  O segundo tempo começaria com Smit diminuindo em um penal aos 4’, Steyn responderia chutando aos 7’ e aos 19’. O Bulls ampliaria a vantagem aos 65’, depois que uma troca de passes acabou com o half reserva Jano Vermaak fazendo o try, Steyn converteria novamente. O jogo nesse ponto parecia decidido, porém o Cheetahs estava disposto a vender caro a derrota e chegaria ao try aos 29’, depois que um penal cobrado rapidamente encontrou Smit na ponta para botar a bola no chão, ele mesmo erraria a conversão. O time da casa diminuiria a diferença aos 39’, em um maul que terminou com o pilar reserva Trevor Nyakane fazendo o try, Smit converteria dessa vez. O Cheetahs ainda teria mais uma chance de passar a frente, mas não conseguiria fazer o try. Fim de jogo Bulls 30, Cheetahs 25. Os touros praticamente se garantem na liderança da conferência sul-africana e se consolidam como um dos favoritos ao título, enquanto o Cheetahs mostra que tem boas chances de classificação e que vão dar trabalho para quem quer que enfrentem.

O Southern Kings foi até a Cidade do Cabo enfrentar os conterrâneos do Stormers, no jogo que definiria o ano de ambas as equipes. O time da casa precisava ganhar para manter a esperança, mesmo que mínimas, de jogar as finais esse ano e também para eliminar a chance de ficar na lanterna da conferência sul-africana. O kings, atual ultimo colocado, precisava vencer para continuar sonhando em superar o Stormers. No final o stormers prevaleceu e venceu por 19 a 11. Para australianos e neozelandeses a quinta colocação traz apenas a gozação de ser o ultimo colocado, porém para os africanos é diferente. Existem seis equipes dispostas a jogar o Super Rugby por esse país, então ficou definido que o ultimo colocado deste ano jogará um classificatório com o Lions de Johanesburgo, que jogou todas as edições até 2012 quando foi o ultimo colocado e, por uma decisão controversa da União Sul-Africana de Rugby, perdeu a vaga para o Southern kings.

O jogo foi disputado em meio a muita chuva, o que prejudicou a qualidade técnica da partida,  e contribuiu para que acontecessem muitos penais, melhor para o fullback do Stormers Joe Pietersen e o abertura do Kings George Whitehead. O primeiro tempo não teve grandes emoções e terminou 6 a 3 para o time da casa, Pietersen acertou os paus duas vezes, aos 4’, 11’ e Whiteherad uma aos 16’. O segundo tempo continuou como o primeiro. Pietersen chutou aos 8’ e aos 18’, enquanto Withehead acertou o penal que teve aos 15’. Aos 24’ o Stormers finalmente conseguiu fazer o primeiro try da partida, com o asa Dean Fourie que teve apenas de tocar a bola no chão depois que um maul do Stormers entrou no in-goal adversário, Pietersen em dia inspirado converteria. O Kings responderia aos 34’ depois que um maul, de forma muito semelhante ao Stormers, acabou com um try do asa Wimpie Van der Walt, Whiteghead erraria a conversão e o Kings não conseguiria encontrar forças para marcar mais pontos, final de jogo 19 a 11 para o Stormers que continua sonhando com a classificação. O Kings, 14 pontos atrás do Stormers, tem de pensar agora em como vencer o Lions se quiser jogar no ano que vem.   

  

Brumbies e Reds vencem e se mantém no topo da conferência australiana

O Brumbies recebeu os neozelandeses Hurricanes em Canberra. O time da casa lutava para se manter no topo da conferencia australiana enquanto os visitantes precisavam de uma vitória para se manter com chances, mesmo que remotas, de classificação. No final Brumbies 30 a 23, em um jogo de muitos penais. A partida começou com o centro do time da casa Christian Lealiifano chutando duas vezes, aos 4’ e aos 9’ e o abertura Beauden Barrett fazendo para os visitantes aos 11’.  O Brumbies chegou ao try aos 2’, com o half Nic White que se aproveitou de um line-out defensivo mal feito dos neozelandeses para roubar a bola e fazer o try, Lealiifano não conseguiria converter. O Hurricanes responderia com o centro Reynold Lee-lo aos 25’, que trombou com a defesa até entrar no in-goal, Barrett converteria. Lealiifano acertaria mais um penal antes do intervalo aos 34’. Fim do primeiro tempo 14 a 10 para o time de Canberra. O segundo tempo começaria com mais um penal convertido de Lealiifano, aos 3’, Barrett responderia aos 5’, e aos 8’ e Lealiifano chutaria novamente aos 14’ e aos 17’. O Brumbies ampliaria sua vantagem aos 21’, em um pick-and-go, que terminou com um try do asa Peter Kimlin, Lealiifano não erraria dessa vez. O Hurricanes responderia com o half TJ Perenara, aos 27’, que recebeu depois de um scrum e entrou no in-goal, Barrett converteria, mas o Hurricanes não teria gás para empatar a partida. Fim de jogo 30 a 23 para o Brumbies, que se mantém no encalço do Chiefs e é o australiano mais bem colocado. O Hurricanes vê o sonho das finais um pouco mais distante.

O Rebels viajou até Queensland para enfrentar o Reds. O time da casa, sem vencer a dois jogos, precisava da vitória para não ter sua vaga nas finais ameaçada e se manter no encalço do Brumbies. O Time de Melbourne, sem brigar por mais nada no campeonato, vinha empolgado pelas duas vitórias inéditas e buscava a primeira vitória sobre o Reds em sua história. O jogo ainda tinha o duelo pessoal entre dois possíveis Wallabies, os aberturas Quade Cooper, Reds, e James O’Connor, Rebels. No final a escrita se manteve e o Reds saiu vitorioso por 33 a 20, em um jogo mais complicado do que o placar faz parecer. O primeiro tempo começou com O’Connor convertendo um penal aos 4’, Cooper responderia aos 14’ em outro o penal. Reds marcaria o primeiro try aos 30’, depois que o ponta cega Luke Morahan interceptou um passa e correu livre para fazer o try, Cooper converteria. O Rebels responderia aos 34’ com o asa Scott Fuglistaller, que bloqueou um chute de Cooper na linha dos cinco metros e só teve de buscar a bola dentro do in-goal, O’Connor converteria. Cooper se redimiria aos 39’ acertando um belo drop-goal, porém o Rebels passaria a frente aos 40’ em outro chute mal feito de Cooper, que dessa vez acabou nas mão do centro Rory Sidey, O’Connor converteria. Fim do primeiro tempo Rebels 17, Reds 13. O segundo tempo começou com O’connor acertando outro penal aos 3’. O Reds, mesmo com o penal, voltou mais concentrado  comandava a partida  e chegou ao try aos 17’ com o oitavo Jake Schatz, depois de bater várias vezes com os forwards, Cooper em um dia pouco inspirado não converteu. O próprio Cooper colocaria o Reds a frente cobrando um penal aos 24’. Ele mesmo ampliaria a vantagem aos 28’ depois de tirar a bola de um ruck na linha dos cinco metros, fingir um passe e entrar no in-goal pegando a defesa do Rebels despreparada, Cooper não se arriscaria a chutar novamente e deixou para o reserva Michael Harris que converteu. O Reds sacramentaria o resultado aos 79’ com o fullback Bem Lucas, que recebeu a bola pelo lado cego pegando a defesa do Rebels desprevenida, Harris não acertou a conversão. Fim de jogo Reds 33 Rebels 22, O time de Queensland agora respira tranqüilo na zona de classificação. Na batalha dos aberturas, Cooper apesar do try, e da vitória, não jogou bem e deixa dúvidas se ele é o homem para comandar os Wallabies contra o Lions.

 

Escrito por: Diego Gutierrez

 

super rugby

Super Rugby – Liga da África do Sul, Austrália e Nova Zelândia

Crusaders 23 x 22 Waratahs, em Christchurch

Brumbies 30 x 23 Hurricanes, em Canberra

Highlanders 38 x 28 Blues, em Dunedin

Reds 33 x 20 Rebels, em Brisbane

Stormers 19 x 11 Kings, na Cidade do Cabo

Cheetahs 25 x 30 Bulls, em Bloemfontein