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Ela voltou! Após interrupção de mais de um mês, a Série Mundial de Sevens Masculina retorna nesse fim de semana com o sua sexta etapa (de um total de nove) da temporada 2013-14 com o torneio de Tóquio, no Japão. Tendo o Estádio Príncipe Chichibu (foto), com 27 mil lugares, como sede, a etapa japonesa do circuito antecede o tão aguardado torneio de Hong Kong e é crucial na briga pela liderança da tabela. Separadas por apenas 2 pontos, Nova Zelândia e África do Sul lutam etapa a etapa pela primeira colocação, esquentando a batalha pelo lugar mais alto do seven-a-side mundial. Fiji, em terceiro lugar, dificilmente conseguirá alcançar Boks e All Blacks na ponta. Enquanto isso, na rabeira da classificação, Espanha e Estados Unidos ainda fazem as contas para se livrarem do rebaixamento, que será imposto ao último colocado da temporada.

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Nova Zelândia com tranquilidade na primeira fase

Os All Blacks, líderes e atuais campeões do circuito, terão um grupo bem tranquilo em Tóquio, com os irregulares Canadá, Gales e Portugal. A Nova Zelândia não deverá ter maiores problemas para acabar em primeiro lugar, mesmo sem poder contar com as feras Lote Raikabula e Tomasi Cama, lesionados. Com 2 títulos na temporada, em Gold Coast e Wellington, a Nova Zelândia é o time que mais marcou tries em média por jogo (4,4) e que menos sofreu tries em média (1,1), além de contar com o melhor desempenho em rucks, sendo a maior ganhadora de turnovers e a que menos perdeu a bola no jogo de contato até aqui. Os neozelandeses apostam em um jogo muito rápido e são definidores natos. Tim Mikkelson e Sherwin Stowers figuram entre os maiores pontuadores da Série Mundial.

O Canadá, do técnico Geraint John (o segundo mais longevo no cargo no mundo do sevens, atrás apenas do de Gordon Tietjens, dos All Blacks), aparece com leve favoritismo sobre Gales, por conta do desempenho nos últimos torneios. Os Canucks acabaram em sexto lugar em Wellington, ao passo que os galeses terminaram em 11º. Chauncey O’Toole e Sean White retornam ao time da América do Norte, famoso por seu jogo de contato e forte defesa. Gales, por sua vez, vez pecando em demasia na defesa. O ponto forte do VII do Dragão está no jogo de chutes de Rhys Jones, sempre preciso na bola alta para a disputa aérea. Portugal corre por fora no grupo, e aposta em sua fama de matador de gigantes para surpreender canadenses e galeses.

 

Boks com cautela

O grupo da África do Sul merece cautela da parte dos Blitzboks. Eles são certamente os grandes favoritos, mas sabem que não se pode bobear com Argentina e Quênia. Sem Cecil Afrika, lesionado, mas com o retorno de Seabelo Senatla, a África do Sul impressionou, sendo a seleção mais forte no jogo de rucks, tackles e mauls. O time impressionou na virada de ano conquistando duas etapas seguidas, em casa e em Las Vegas. Os sul-africanos têm o terceiro melhor ataque e a segunda melhor defesa, jogando um rugby direto, objetivo e de muita força, com atletas rompedores.

Os Boks terão como mais forte concorrente a Argentina, dona da terceira melhor defesa do circuito, mas que tem sérias dificuldades em manter a posse de bola, não municiando como deveria o seu ataque. Sem Nicolás Bruzzone, o técnico Santiago Gómez Cora passou a braçadeira de capitão a Gastón Revol. Já o Quênia também aparece forte, apesar de ter decepcionado neste ano, não avançando entre os dois melhores de seu grupo desde 2013. Andrew Amonde é a novidade no time queniano, que volta ao time para jogar ao lado do experiente artilheiro Collins Injera. O Japão completa o grupo como o convidado da vez e dificilmente surpreenderá.

 

Duelo do Pacífico

O Grupo C tem os dois rivais do Pacífico Sul frente a frente. Fiji faz a melhor campanha entre os dois, mas perdeu a chance de seguir na briga pelo título por conta dos vacilos nas etapas de Porto Elizabeth e Las Vegas. Os fijianos são os artilheiros do circuito, mas sofrem no jogo de rucks, detendo a posse de bola por uma percentual abaixo das expectativas frequentemente. Os fijianos, por outro lado, tacleiam muito forte e conseguem muitos turnovers, permitindo tries em velocidade com frequência, explorando bem os espaços pelos campo após desmantelarem as jogadas do oponente. Após venceram os All Blacks pelo maior placar da história em Dubai, os fijianos não mais reencontraram a melhor forma e sofrem com as frequentes trocas no elenco. Masilevu e Viriviri são os dois maiores anotadores de tries do circuito no momento, e se mostram as armas do time.

Já Samoa há muito não impressiona. O time tem o maior percentual de passes da temporada, mas não se mostra efetivo com a bola. Sem ter jogado ainda uma única semifinal, Samoa vai a Tóquio buscando provar que ainda é uma das potências do sevens. Junto dos samoanos, a França aparece como a competidora dos fijianos, também precisando mostrar serviço. Os franceses começaram com tudo a temporada, mas perderam ritmo e se encontram hoje na fraca décima colocação. Candelon, com 18 tries, segue uma real ameaça aos oponentes.

Correndo por fora e de olha na Espanha vem os Estados Unidos, que não contarão com Carlin Isles – trasferido para o Glasgow Warriors – na reta final. As Águias preocupam a cada etapa seu torcedor, sendo o time mais indisciplinado da temporada.

 

Por uma glória na temporada

Por fim, o Grupo D conta com a dupla Inglaterra e Austrália na briga pelo primeiro lugar. Sem nenhum título até aqui na temporada, Inglaterra e Austrália não querem sair em branco de 2013-14. Ambos contam com alguns dos maiores pontuadores do circuito, com Shannon Walker brilhando para a Austrália e Tom Mitchell ajudando a Inglaterra, sendo também um exímio chutador. O problema dos ingleses está no jogo de fases, com o time sofrendo muitas perdas de posse no contato. Já os auatralianos são os que mais detiveram a posse de bola em suas partidas, jogando um rugby muito objetivo, sempre buscando as corridas. O problema dos Thuderbirds está na disciplina, com o time perdendo muitos ataques por penais nas formações. O confronto entre as duas forças será muito interessante, com ambos já pensando na montagem de equipes mais competitivas para a próxima temporada.

A Escócia corre por fora no grupo, já tendo se distanciado da lanterna Espanha na classificação. Os Leões completam o grupo e estão deseperados por pontos, já que somam no momento 7 a menos que os Estados Unidos. A Espanha é dona do pior ataque e da pior defesa, além do pior tempo de posse de bola. Hora da reação para os ibéricos, ou o rebaixamento se torna cada vez mais uma certeza.

 

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Tokyo Sevens – 6ª etapa da Série Mundial de Sevens 2013-14 – em Tóquio, Japão

Grupo A: Nova Zelândia, Canadá, Gales e Portugal

Grupo B: África do Sul, Argentina, Quênia e Japão

Grupo C: Fiji, Samoa, França e Estados Unidos

Grupo D: Inglaterra, Austrália, Escócia e Espanha

 

Sexta-feira, dia 21 de março / Sábado, dia 22 de março – das 22h00 às 8h30

Fiji x França

Samoa x Estados Unidos

Inglaterra x Escócia

Austrália x Espanha

Nova Zelândia x Gales

Canadá x Portugal

África do Sul x Quênia

Argentina x Japão

Fiji x Estados Unidos

Samoa x França

Inglaterra x Espanha

Austrália x Escócia

Nova Zelândia x Portugal

Canadá x Gales

Argentina x Quênia

África do Sul x Japão

França x Estados Unidos

Fiji x Samoa

Escócia x Espanha

Inglaterra x Austrália

Gales x Portugal

Nova Zelândia x Canadá

Quênia x Japão

África do Sul x Argentina

 

Sábado, dia 22 de março / Domingo, dia 23 de março – das 21h00 às 5h00

Finais