brasil dubai sevens 2013

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brasil dubai sevens 2013

O torneio mais importante da temporada 2014-15 para a seleção brasileira feminina de sevens é logo o primeiro: o Hong Kong Sevens. Doze seleções, dos seis continentes, entrarão em campo no Sul da China em busca dos quatro primeiros lugares, que garantem vagas em todos os torneios da temporada. As quatro primeiras colocadas se juntarão a Nova Zelândia, Austrália, Canadá, Estados Unidos, Rússia, Inglaterra e Espanha como as 11 seleções centrais do circuito, isto é, as seleções que disputarão todos as etapas da Série Mundial de Sevens Feminina, que vai oficialmente de dezembro a maio.

As seleções do Hong Kong Sevens foram divididas em três grupos com quatro times cada, sendo que os dois primeiros colocados de cada grupo e os dois melhores terceiros colocados do geral avançarão às quartas-de-final.

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O torneio terá transmissão online ao vivo em http://www.youtube.com/user/asian5nationstv

 

Brasil em grupo perigoso

No papel, o grupo do país não é dos mais assustadores, contando com Holanda, Portugal e Hong Kong. As holandesas são velhas conhecidas das brasileiras e, em tese, deverão brigar com as Tupis pelo primeiro lugar do grupo.

Comandadas pela craque Selbeck, as holandesas encerraram a última temporada na 11ª posição, mas jogaram apenas três dos cinco torneio. Até então invicta em jogos contra o Brasil, com 5 vitórias e 1 empate, a Holanda duelou na última etapa com as Tupis três vezes, vencendo em Atlanta 17 x 10, e em Barueri, 20 x 14. Porém, no terceiro e último jogo até aqui, o Brasil quebrou o tabu e venceu justamente em Amsterdã, 5 x 0. O equilíbrio entre os dois lados é quase uma certeza. O Brasil foi para Hong Kong com praticamente força máxima, e a preparação em solo norte-americano poderá fazer a diferença a favor das Tupis.

Correndo por fora, mas com chances reais, estão Portugal e Hong Kong, com os quais todo cuidado é pouco do lado brasileiro. As portuguesas chegam ao torneio credenciadas como uma das seleções que mais evoluem no mundo, depois de terminarem muito bem as duas primeiras etapas do Grand Prix Europeu. No primeiro torneio, em junho, em Moscou, Portugal derrotou a França para chegar às semifinais, onde caiu diante da Rússia e perdeu por apertados 10 x 7 a disputa do terceiro lugar justamente contra a Holanda. Portugal enfrentou o Brasil somente uma vez em torneios oficiais, caindo em 2011 por 24 x 5. Por fim, Hong Kong aparece empolgada pelo apoio da torcida e estimulada pelo segundo lugar conquistado na primeira etapa do Asia Sevens, onde a equipe bateu o Japão na semifinal. Em confrontos com o Brasil, apenas um jogo, em 2012, e derrota por 12 x 5.

 

Francesas, sul-africanas, chinesas, fijianas e japonesas com ambição

Além de Brasil e Holanda, as mais fortes candidatas às classificação são França, China e África do Sul, no Grupo A, e Fiji e Japão, no Grupo B.

O Grupo A é o “grupo da morte”, com três seleções muito fortes na briga pela classificação. As francesas são no papel as mais fortes, e não apenas por conta do fortalecimento da modalidade no país. As Bleues encerraram a última Série Mundial de Sevens melhor colocadas que o Brasil, em oitavo lugar, com apenas três etapas disputadas. A França sofre no sevens feminino do mesmo problemas que o sevens masculino: a sombra do XV. Sabendo aproveitar as atletas disponíveis, as francesas poderão ser as mais fortes do torneio.

Correndo para desbancar a França, China e África do Sul são sérias candidatas às vagas. As chinesas acabaram o circuito passado em décimo quarto lugar, com dois torneios participados, mas a boa forma em torneios recentes, como a Copa do Mundo – quando terminou à frente do Brasil – e o Asia Sevens – vencendo a primeira etapa – dão boas perspectivas ao time, que aposta muito mais na forma física do que na qualidade técnica das atletas. Já a África do Sul farão dura oposição física às habilidosas francesas e às persistentes chinesas. Um dos times mais fortes fisicamente, a África do Sul precisa dar um passo adiante em seu sevens feminino e a classificação apresenta-se como crucial para o projeto. Talento não resta ao time que poucas oportunidades teve até aqui no circuito. O México é o único país do grupo sem chance alguma de se classificar.

No Grupo B a situação é mais definida, com Japão e Fiji sendo as seleções mais fortes. As fijianas podem não ser atléticas como o time masculino de seu país, mas têm qualidade técnica de sobra, como provado na Copa do Mundo, quanndo chegaram às quartas-de-final – apesar de derrota para o Brasil – e na última temporada do circuito, acumulando a nona posição – junto do Brasil – e bons resultados em Dubai e Amsterdã.

O Japão, por sua vez, conseguiu um sétimo lugar na etapa brasileira da Série Mundial e vai a Hong Kong com boas expectativas. O time tem ótima forma física e pratica um rugby técnico e veloz, crescendo a cada dia, apesar de  ter atletas de porte físico menor que suas principais rivais.

Por fim, o Quênia corre por fora no torneio como o azarão, pela falta de experiência em torneio desse porte, brigando com a Argentina, que também sonha em dar um passo a mais e enfim fazer uma boa campanha em um torneio internacional. As chances de classificação às semifinais são quase nulas para ambos, que sonham com as quartas-de-final como resultado histórico.

 

WSWS 2014 Qualy

Torneio Qualificatório de Hong Kong

Grupo A: França, China, África do Sul e México

Grupo B: Fiji, Japão, Argentina e Quênia

Grupo C: Brasil, Holanda, Portugal e Hong Kong

 

Quinta-feira, dia 11 de setembro / Sexta-feira, dia 12 de setembro – das 23h20 às 7h00 (hora de Brasília)

Fiji x Argentina

Japão x Quênia

França x África do Sul

China x México

Brasil x Portugal – 00h48

Holanda x Hong Kong

Fiji x Quênia

Argentina x Japão

França x México

China x África do Sul

Brasil x Hong Kong – 03h32

Holanda x Portugal

Fiji x Japão

Argentina x Quênia

França x China

África do Sul x México

Brasil x Holanda – 06h16

Portugal x Hong Kong

 

Sexta-feira, dia 12 de setembro / Sábado, dia 13 de setembro – das 22h32 às 7h00 (hora de Brasília)

Finais

 

Júlia Sardá (capitã) (Desterro);

Paula Ishibashi (vice-capitã) (SPAC);

Juliana Esteves Santos (Bandeirantes Saracens);

Raquel Kochhann (Charrua);

Mariana Ramalho (SPAC);

Haline Scatrut (Curitiba);

Beatriz Futuro – “Baby” (Niterói);

Karina Godói (Sao José);

Luiza Campos (Charrua);

Isadora Cerullo – “Izzy” (Niterói);

Edna Santini (São José);

Angélica Gevaerd – “Binha” (SPAC);

Carla Barbosa – “Zazá” (São José);