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Cada vez mais internacionais. Os Tupis enfrentam entre sexta e domingo mais um grande desafio pela Série Mundial de Sevens Masculina. Pela segunda vez na temporada, o Brasil disputa uma etapa do circuito, retornando a Las Vegas, onde já esteve em 2012. Naquela oportunidade, o Brasil saiu derrotado por Inglaterra, Quênia, Escócia, Austrália e França. Neste ano, três adversários se repetem: australianos, escoceses e franceses. Em Dubai, os Tupis provaram que já são um time muito mais maduro e forte do que a equipe que se aventurou nos Estados Unidos em 2012. Diante de Fiji, França, Argentina, Portugal e Quênia, o Brasil deu o sangue e incomodou todos os oponentes. E agora?
O Las Vegas Sevens, quinto torneio da Série Mundial de Sevens 2014-15, é uma etapa diferente das demais do circuito, por ser dividida ao longo de três dias. Com isso, cada equipe joga duas vezes na sexta, duas vezes no sábado (sendo uma vez pela primeira fase e outra pelas quartas-de-final) e duas vezes no domingo (semifinais e finais). Depois do título da Nova Zelândia na etapa passada, a briga pela ponta esquentou ainda mais, com os All Blacks passando Fiji na classificação e reduzindo sua diferença para a líder África do Sul para somente 7 pontos. Vegas poderá ser o divisor de águas do circuito, sobretudo por marcar mais de metade da temporada percorrida (cinco de nove etapas).
Enquanto África do Sul, Nova Zelândia e Fiji têm boa vantagem sobre os demais e dificilmente sairão do Top 4, a disputa pela quarta vaga nos Jogos Olímpicos está ainda mais acirrada, com Austrália, Inglaterra e Argentina brigando ponto a ponto pela classificação. Já na parte de baixo da tabela, o Japão precisa de uma reação rápida e de um grande resultado em Vegas. Caso os japoneses cabem de novo em último lugar, o rebaixamento será mera formalidade.
O torneio terá transmissão do BandSports apenas no domingo, com as finais. E o streaming do www.worldrugby.org estará bloqueado para o Brasil durante todo o torneio.
O que esperar?
A etapa americana reserva de cara um clássico de tirar o fôlego no Grupo A, com Nova Zelândia e Fiji se encarando prematuramente. Quem perder não poderá deslizar contra Gales ou Samoa, correndo o risco de ficar de fora do Top 8. E para piorar, tanto Gales como Samoa, apesar de fazerem fracas campanhas na temporada, têm história e qualidade inegáveis. Os elencos não mudaram desde Wellington e a Nova Zelândia terá a missão de, mesmo com tantos novatos, pode repetir o feito do torneio em casa e diminuir ainda mais a distância para os sul-africanos. Já Fiji sabe que se quiser brigar pelo título da temporada terá que ser campeão em Vegas. Matemática simples.
No Grupo B, Inglaterra e Argentina fazem duelo quente e com valor redobrado pelas vagas nas quartas-de-final, já que ambos brigam ponto a ponto pelos Jogos Olímpicos. Na América do Sul, a torcida será total pelos Pumas, já que uma classificação antecipada da equipe via Série Mundial de Sevens dará a chance a Uruguai, Chile e Paraguai, sobretudo, de irem ao Rio 2016 pela vaga destinada ao continente. No caminho de ingleses e argentinos está o revigorado time do Quênia que, após péssimas apresentações, voltou a jogar bem e pode complicar a vida dos concorrentes. Enquanto isso, o Canadá completa o grupo e ainda vive uma fase ruim, mas não pode ser descartado.
No Grupo C, o favoritismo é todo da África do Sul, que tem como principal concorrente os Estados Unidos, que vem mostrando grande evolução na temporada. Atenção maior estará por conta do embate entre Portugal e Japão, que lutam contra o rebaixamento e sabem que uma vitória poderia conduzi-los para longe da rabeira, sobretudo se ela significar classificação às quartas-de-final.
Por fim, o grupo do Brasil conta com favoritismo da Austrália, que tem tudo par fazer grande campanha e seguir no quarto lugar. Concorrendo com os aussies, França e Escócia farão uma briga quente pelo segundo lugar, com os escoceses vindo de grande campanha em Wellington. A França, por sua vez, foi de altos e baixos até aqui e precisa dar um passo adiante com uma campanha sólida. Qualidade os Bleus têm e a provaram derrotando a África do Sul em Wellington. O Brasil completa o grupo e busca uma histórica vitória contra franceses ou escoceses, para provar a evolução do nosso rugby. Fato é que a missão do time comandado por Andrés Romagnoli é antes de mais nada repetir Dubai e jogar de igual para igual e com chances de vitória contra Escócia e França, além de marcar tries na Austrália e mostrar evolução na defesa. Para Vegas, os Tupis terão novamente o “Tarzã” Juliano Fiori, peça fundamental na defesa, e contarão com a adição do inglês Matt Gardner, oriundo do rugby league profissional da Inglaterra. Olho nele!
Las Vegas Sevens – 5ª etapa da Série Mundial de Sevens 2013-14 – em Las Vegas, Estados Unidos
Grupo A: Nova Zelândia, Fiji, Gales e Samoa
Grupo B: Inglaterra, Quênia, Argentina e Canadá
Grupo C: África do Sul, Estados Unidos, Portugal e Japão
Grupo D: Austrália, Escócia, França e Brasil
*Horário de Brasília
Sexta-feira, dia 13 de fevereiro / Sábado, dia 14 de fevereiro
Das 22h00 às 3h50
África do Sul x Portugal
Estados Unidos x Japão
Nova Zelândia x Gales
Fiji x Samoa
Inglaterra x Argentina
Quênia x Canadá
Escócia x França
Austrália x Brasil – 00h34
África do Sul x Japão
Estados Unidos x Portugal
Nova Zelândia x Samoa
Fiji x Gales
Inglaterra x Canadá
Quênia x Argentina
Escócia x Brasil – 03h08
Austrália x França
Sábado, dia 14 de fevereiro / Domingo, dia 15 de fevereiro
Das 17h08 às 00h40
Portugal x Japão
Gales x Samoa
Argentina x Canadá
França x Brasil – 18h14
África do Sul x Estados Unidos
Nova Zelândia x Fiji
Inglaterra x Quênia
Escócia x Canadá
+ Quartas-de-final
Domingo, dia 15 de fevereiro
Das 16h20 às 22h00
Finais
Brasil
Allan Josefh Martins “Careca” – SPAC;
Andre Luis Nascimento Silva “Boy” – SPAC;
Arthur Bomfim Bergo – SPAC;
Fernando Henrique Jungers Portugal – São José;
Gabriel Bolzan Motta – Charrua;
Gustavo Barreiros de Albuquerque “Rambo” – Curitiba;
Julino Fiori – Richmond (Inglaterra);
Lucas Domingues “Sábados” – São José;
Lucas Rodrigues Duque “Tanque”! – São José;
Martin Schaefer – SPAC;
Matthew Gardner;
Moises Rodirgues Duque – São José;
Treinador: Andrés Romagnoli