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O SPAC recebeu o Rio Branco em sua casa na rodada de encerramento do campeonato paulista, tentando alcançar a vice-lierança do estadual. Para os Pelicanos, muito mais em jogo, pois a vitória com ponto extra poderia significar subir um posto na tabela e fugir da disputa pela permanência na elite, contra o campeão da segunda divisão, a Poli. Apesar de domínio de grande parte da partida, a indisciplina do Rio Branco, com o sólido trabalho defensivo do SPAC, foram cruciais para a derrota do time amarelo, que enfrenta o SPAC novamente na estreia do Super 10, no final de julho.

O Rio Branco precisava do resultado positivo para se garantir na primeira divisão, e partiu pra cima desde o começo, rapidamente dominando a partida. Combinando a rapidez da linha, em um grande dia, com a força dos forwards, chegou rapidamente dentro do campo de ataque, e pressionou muito até conseguir seus tries. No entanto, a defesa do SPAC mostrou que estava inspirada e foi muito bem, bloqueando todas as iniciativas do adversário, colocando o adversário para trás dos cinco metros finais. Mesmo assim, a pressão Pelicana surtiu efeito, e o time abriu o placar em grande jogada de Martim, que fintou dois jogadores do scrum adversário antes de apoiar no ingoal. O capitão Daniel Aiex não conseguiu os dois pontos adicionais.  Reiniciada a partida, o Rio Branco voltou à carga máxima, e conseguiu avançar pelo centro, em grande jogada de Martim, com Samir, que passando pelos defensores, recolocaram a ação dentro dos 22m. No apoio, Aiex  se livrou do abertura e chegou ao ingoal, mas segurado por Luís "Biggie" Paiva, não conseguiu apoiar o que seria o segundo try do time em menos de vinte minutos de jogo. A pressão seguiu pela direita, mas na base do pick and go, o Rio Branco não conseguiu superar os forwards adversários. Mais uma chance foi desperdiçada logo na sequência, com Henrique e André "Vina", saindo pela direita do ruck.

O SPAC não conseguia sair do seu campo de defesa de modo ordenado, mas contou com bons chutes de Leco para aliviar a pressão, e conseguiu manter o controle sobre a posse de bola nos rucks a seu favor. Nas formações fixas, o equilíbrio deu o tom, inclusive na alta quantidade de bolas tortas do lineout, acompanhadas de perto pelo árbitro da partida, Fermín Padilla e os assistentes. As poucas tentativas de ataque do SPAC no primeiro tempo saíram com o experiente Amiky e com Luiz Ricca, que vem sendo um dos destaques do time na temporada. André Luís "Boy", bom chutador, desperdiçou um penal. O primeiro tempo acabou em cinco a zero para o Rio Branco, mas apesar da vitória parcial, o excesso de chances perdidas, mexeu com os nervos do time, e foi possível observar discussões entre os jogadores da equipe.

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No recomeço da partida, o Rio Branco voltou com a mesma intensidade e, usando a mesma estratégia da etapa inicial, ampliou o placar, com um try de Danilo "Vermelho" Lima. O SPAC melhorou em relação à etapa inicial e conseguiu aos poucos subir ao ataque. Em uma jogada que começou na intermediária, pelo centro, "Caíça" ganhou do ponta Gabirel na velocidade e mergulhou no ingoal adversário, para diminuir para o time da casa, animando a torcida que compareceu para prestigiar a equipe. O mesmo jogador tentou pela direita pouco depois, mas foi parado pela defesa adversária. O Rio Branco teve nova chance de ampliar, em uma grande corrida de Martim que saiu do campo defensivo, e chegou até a intermediária do campo de ataque, mas não viu a aproximação de Daniel "HP" no apoio, e acabou depserdiçando a posse de bola. 

O SPAC chegou ao seu segundo try, e à liderança pela primeira vez no placar, com um try de Aleksander "Dentinho" Lotto, após uma boa penetração do abertura, que criou um espaço na lateral direita do seu campo de ataque onde encontrou o bom pilar livre para anotar mais um try, convertido por André, que pouco tempo depois, ampliou a diferença entre as equipes para sete pontos, com um penal. A essa altura, o Rio Branco já atuava com um homem a menos, após a expulsão do oitavo Nicolas, por agressão. O time ficaria com mais um homem a menos aos 28′, após cartão amarelo dado à Gabriel. As equipes se revezaram nas oportunidade de marcar novamente, primeiro os ingleses, com Patrick O’Keffe, e depois o Rio Branco, em uma boa corrida de Samir.

Mesmo com dois homem a menos, o Rio Branco anotou o seu terceiro try, em uma grande jogada do fullback Ramiro, que furou a defesa adversária em velocidade e se livrou ainda de dois marcadores antes de apoiar perto dos paus. Na pressa para recolocar a bola em jogo em busca do quarto try, que poderia ganratir a vitória e o ponto extra, Henrique desperdiçou a fácil conversão, que empataria a partida. No entanto, nenhuma jogada  de maior perigo ocorreu, e o placar terminou em uma vitória apertada do SPAC por 17 a 15.

O Blog do Rugby elege Martim, primeiro centro do Rio Branco, e Aleksander Lotto, pilar do SPAC, os destaques da partida.

Todas as fotos publicadas são de Elis Rodrigues, seguidora fiel do Blog do Rugby e que fez um grande favor cobrindo a partida! De toda nossa equipe, obrigado!

SPAC 17 x 15 Rio Branco

CPR A 2011 – Rio Branco X SPAC

Bandeirantes é o vice-campeão

O XV Bandeirantino derrotou o PAC na BandArena/Campo do XI e se sagrou vice-campeão paulista de 2011. O jogo foi equilibrado, com alguma vantagem para o Bandeirantes, refletida no placar. O Pasteur manteve as ações parelhas por boa parte da peleja, mas permitiu que o Bande marcasse dois tries, ambos em momentos-chave do jogo.

O time da casa começou melhor, mas demonstrou falhas no seu lateral logo no início, que permitiram ao Pasteur equilibrar o jogo e controlar a bola em seu campo ofensivo, mas sem conseguir capitalizar em cima. O Bandeirantes levou perigo no contra-ataque, e por pouco não marcou. O Bande pressionou seguidamente dentro das 22, e o PAC mostrou grandes virtudes defensivas, impedindo o try bandeirantino. O PAC reverteu os rucks a 5 metros e desafogou a pressão, mostrando um sólido pack. No contra-ataque, Henrique Pererira, em grande corrida, quase anotou o try do Galo, mas o fullback do Bandeirantes, William Santos, aplicou salvou antes de Henrique cravar o try. Bandeirantes se salva. O Pasteur reclamou de penal try no lance, mas o árbitro marcou penal dentro das 22 para o PAC. Diogo Raucci chutou mas desperdiçou. 0 x 0.

As investidas de Henrique prosseguiram levando perigo ao Bandeirantes, e o jogo virou à favor dos franceses, melhores na partida. O Bande esteve com um jogador a menos, com Bruno Barros tendo recebido o amarelo. O PAC desperdiçou mais uma chance de try, em chute colocado para dentro do in-goal, que não teve a devida conclusão. O PAC perdeu novo penal, e voltou a sofrer a forte pressão do Bande. Novamente, a sólida defesa francesa impediu o Bande de pontuar, levando os donos da casa ao erro nas 22. Em nova investida bandeirantina, Japinha ganhou metros, levando novo perigo à defesa do PAC. O Bandeirantes, já superior em campo, conseguiu um precioso penal nas 22. E não foi para os paus. Preferiu o chute para a lateral. Com um lateral bem melhor que noinício do jogo, o Bande trabalhou bem a bola, e, na força, João Uva, ex-seleção portuguesa, cravou os primeiros pontos do jogo. Pedro Bazan converteu, 7 x 0.

O try abalou o PAC, que levou o segundo try na sequência. Thiago Thut cravou, mas Bazan não converteu, 12 x 0, primeiro tempo encerrado.

No segundo tempo, o Pasteur teve uma ótima oportunidade para pontuar de cara, mas perdeu mais um penal, em tarde ruim para os chutadores. O Bandeirantes voltou a ter um atleta a menos, com João Uva recebendo o amarelo. O PAC pressionou, mas o campo reduzido não favoreceu às suas jogadas de mão, e a efetividade dos ataques franceses foi prejudicada. Em novo penal perfeitamente chutável, o PAC optou pela lateral, já que os chutes não estavam saindo.

O PAC não soube novamente capitalizar em cima da sua superioridade numérica. Uva retornou e, com 15 minutos para o fim, provocou a suspensão temporária de Alexandre, pilar do PAC, reduzindo as chances de virada. O Pasteur não se intimidou com a adversidade, em fez outra grande jogada pela linha, com o médio-de-formação Mario Neto trocando passes com Gustavo Krahembuhl, mas novamente a jogada não foi finalizada. O Bandeirantes deu sua cartada final com o terceiro try, anotado por Diogo Raucci, na saída rápida. 17 x 0. No fim, o Pasteur pressionou novamente, mas o Bandeirantes conseguiu um turnover nos 5 metros e o jogo se encerrou.

Bandeirantes 17 x 0 Pasteur

Paulista Juvenil

O dia foi melhor pra o Galo na categoria juvenil. O Pasteur bateu o Bandeirantes por 14 x 5, terminando com o terceiro posto, atrás apenas dos times do Vale do Paraíba. Os tries do PAC foram anotados por Alexandre Al-Assal e Victor Chamelette, convertidos por Vicente Piccolo, enquanto o try do Bande foi de João Santos.

Bandeirantes 5 x 14 Pasteur

Agradecemos à Dani Fahur pelas correções