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São José e Pasteur se enfrentaram nesse fim de semana, pelas semifinais do Super 10, definindo o adversário do SPAC, que venceu o Desterro no dia anterior. Nos números, o São José tinha grande favoritismo, mas o Pasteur já havia contrariado as estatísticas nesse ano, com uma vitória e grandes jogos. No final, os atuais campeões se garantiram em mais uma final, rumo ao octacampeonato, repetindo o duelo da semifinal de 2011um dos melhores jogos do ano passado. O dia 30 reserva mais emoções.

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A partida começou equilibrada, com uma série de scrums para os dois lados. O Pasteur sofreu um duro baque logo no primeiro minuto. No chute inicial, o hooker Ale Buchalla, sentiu uma fisgada na perna, sendo substituido por Fabrício Kobashi. Contando com alguns erros na linha dos franceses, o São José conseguiu  avançar no seu campo de ataque, mas encontrou pela frente uma defesa muito forte, que com sucesso, forçou o erro do adversário nas suas investidas ofensivas para impedir os joseenses de pontuar, e tackleou muito bem.

Aos dez minutos, o primeiro lance de perigo do São José, em boa sequência de infiltrações com Elpídio Sgobbi pelo centro, e depois com Duda Padilla pela esquerda, que acabou caindo no ingoal e levou o lance para análise do TMO, que acabou invalidando o try. Cinco minutos depois, novo desfalque para o Pasteur. O segundo centro Marcos “Pixtola” Correa sofreu lesão na perna direita, após uma queda, e Guilherme Perioto entrou em seu lugar. A maré de azar do Pasteur não seguiu, e quase na metade do primeiro tempo, Maurício Draghi abriu o placar, com um belo chute de perto da linha de 10m. Cinco minutos depois, os joseenses retribuiram na mesma moeda, com Lucas “Tanque” Duque. O São José seguiu dominando as ações da partida, sempre acionando a linha, e, aproveitando a defesa adversária desarrumada, tentou uma infiltração com Elpídio, que foi barrado novamente pela defesa do Pasteur. A situação podia ter resultado em try, pois haviam jogadores sobrando na linha joseense. 

O Pasteur conseguia afastar o perigo nos metros finais, apostando nos chutes de fundo, mas encontraram o trio de pontas e fullbacks em grande atuação, que não errou durante o jogo e não deu chances para o ataque adversário. Já o Pasteur sofreu no início, com jogadores visivelmente nervosos, permitindo o São José ganhar terreno em mais de uma ocasião ao longo da partida. Tanque desperdiçou um penal, mantendo a igualdade da partida, e em mais um bom avanço da linha joseense, a equipe falhou no último passe para o ponta Caio Costa, que não conseguiu dar continuidade no que seria uma boa oportunidade de try para os atuais campeões. Em sua terceira investida nos chutes, Tanque colocou o São José na frente, placar que se manteria até o fim da etapa inicial.

No segundo tempo, o Pasteur empatou com mais uma cobrança perfeita de Draghi aos cinco minutos, mas seguiu inoperante no jogo de mãos, o que viria a custar caro para o time da capital paulista. O São José chegou ao seu try aos dez minutos, após boa troca de passes do São José, que encontrou Caio Costa livre na ponta para marcar. O Pasteur quase deu o troco no minuto seguinte, em uma grande escapada de Thiago Maihara pela direita, levando o time a 5m do ingoal adversário, mas mesmo com bom trabalho na base, não conseguiram pontuar. A linha do Pasteur não conseguia imprimir velocidade e foi parada pela defesa adversária. O São José quase chegou ao seu segundo try depois de um tackle preciso, que Erick Cogliandro colocou no ataque com um chute, mas não conseguiu dominar a bola e cedeu a posse de bola para o adversário.

Aos vinte minutos, o São José, superior na partida, conseguiu manter seu ritmo forte, retomou a posse de bola depois doe um lineout dentro dos 22m do campo de ataque e chegou ao seu segundo try, com Vinícius, depois da bola passar de mão em mão até a ponta, abrindo a vantagem joseense para dez pontos. O estrago poderia ser maior, pois logo na sequência, o fullback “Pêlo”, um dos destaque do dia, avançou pela ponta esquerda saindo de seu campo defensivo até perto dos 5m adversário, contando com o apoio de Saulo, que mergulhou no ingoal, mas pressionado, acabou soltando a bola, desperdiçando uma grande oportunidade. 

Ambas equipes realiaram uma série de alterações que não alteraram a dinâmica da partida. O São José era claramente melhor, e o Pasteur não criava alternativas para reduzir a diferença. Já no último minuto, Tanque acertou mais um penal e definiu a classificação do São José, para mais uma final, podendo garantir o seu terceiro título em sequência.

 

Sobre a partida, Alexandre Spani, experiente forward joseense, comentou: “Sabíamos que seria um jogo muito duro, a última partida pelo Super 10 havia sido atípica. Acho que tivemos o mérito de manter a calma quando o jogo estava empatado e seguir a nossa proposta de jogo. Agora vamos curtir a vitória hoje e pegar firme nos treinos a partir de amanhã. O SPAC é um grande time, quase ganhou da gente no ano passado.”

São José e SPAC  se enfrentam no próximo domingo, às 13h em Embus das Artes, novamente com transmissão do SporTV. Espera-se que sem interrupções dessa vez.

 

O Portal do Rugby elegeu Elpídio Sgobbi como melhor jogador da partida

 

Placar final: São José (6) 16 X 6 (3) Pasteur

 

São José

Tries: Caio Costa, Vinícius

Penais: Lucas “Tanque” Duque (2) 

 

Pasteur

Penais: Maurício Draghi (2)