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Depois de uma batalha parelha decidida no apagar das luzes no Eden Park, All Blacks e Inglaterra voltaram a se enfrentar neste sábado em outra tradicional fortaleza para a Nova Zelândia: a cidade de Dunedin. O Forsyth Barr Stadium assistiu a uma tenso primeiro tempo para os kiwis, que viram uma aguerrida Inglaterra liderar o placar até o intervalo, para depois ser atropelada no segundo tempo por um inspirado time dos All Blacks. O placar final foi a segunda vitória neozelandesa na série, garantindo a invencibilidade em casa de cinco anos.
Se alguma dúvida havia sobre o primeiro jogo como termômetro da qualidade dos dois times, os ingleses trataram de provar que o susto que causaram aos campeões mundiais em Auckland não fora um acaso. A Inglaterra pode não ter tido o domínio da posse da bola, além de ter penado nos laterais, mas o jogo de contato na base dos rucks favoreceu os visitantes, que mostraram grandes força e intensidade nos tackles e no breakdown.
Logo aos 2′, Owen Farrell anotou o primeiro penal a favor da Rosa. A intensidade e velocidade dos ataques ingleses impressionava e assustava os neozelandeses. Aos 7′, os ingleses ganharam um scrum dentro das 22′ e a rápida saída de bola encontrou Marland Yarde, que rompeu na velocidade a defesa, passando por McCaw, para cravar o primeiro try do jogo. 10 x 0.
A resposta dos All Blacks saiu aos 11′ com penal de Cruden. Farrell desperdiçou ainda uma oportunidade de penal a longa distância, e os All Blacks entraram no jogo. Os ingleses mostraram a força defensiva do primeiro jogo e cederam somente mais 3 pontos no fim da primeira etapa com penal chutado por Cruden. 10 x 6.
A virada dos All Blacks saiu no reinício da partida, para o alívio da torcida. Aos 43′, Cruden arranca, serve Savea que deixa para trás a defesa inglesa e serve Ben Smith para o try do fulminante contra-ataque neozelandês.
Farrell empatou a peleja na sequência com penal, mas o momento era da Nova Zelândia. A velocidade do ataque preto não foi acompanhado pelos visitantes. Após investida de Aaron Smith, a bola foi invertida para a outra ponta. Ma’a Nonu e Kaino mantiveram a bola viva e Savea finalizou na ponta o segundo try.
E tinha mais dos All Blacks, dominadores na segunda etapa. Em outro contra-ataque veloz, por muito pouco Ben Smith não serviu com sucesso Messam na ponta. A situação se deteriorou para a Inglaterra aos 58′ com o cartão amarelo para Farrell, seguido por novo penal arrematado por Cruden.
O golpe fatal foi desferido pelos Homens de Preto aos 63′. Conrad Smith ganhou a marca e desferiu um passe longo matador para Ma’a Nonu passar pela defesa em velocidade no contra-ataque e anotar o terceiro try dos donos da casa, que se mostraram um time completamente diferente no segundo tempo.
A Inglaterra ganhou uma sobrevida aos 71′ com Mike Brown finalizando depois dos tackles quebrados por Wilson. A Nova Zelândia foi para cima nos minutos finais para não dar mais sustos em seu torcedor, mas no fim aos últimas chances foram dos ingleses, que fizeram um último try já nos acréscimos, com Chris Ashton , em belo lance com Yarde e Brown, causando uma vitória com anti-clímax no fim para os All Blacks. Nova Zelândia 28 x 27 Inglaterra. Os ingleses estão crescendo na hora certa em sua contagem regressiva para a Copa do Mundo, enquanto os neozelandeses preocupam sua torcida.
As duas seleções voltam a se encontrar no dia 21, em Hamilton, fechando a série de três partidas.
28 
27
Nova Zelândia 28 x 27 Inglaterra, em Dunedin
Árbitro: Jaco Peyper (África do Sul)
Nova Zelândia
Tries: Ben Smith, Savea e Nonu
Conversões: Cruden (1)
Penais: Cruden (3)
15 Ben Smith, 14 Cory Jane, 13 Conrad Smith, 12 Ma’a Nonu, 11 Julian Savea, 10 Aaron Cruden, 9 Aaron Smith, 8 Jerome Kaino, 7 Richie McCaw (c), 6 Liam Messam, 5 Sam Whitelock, 4 Brodie Retallick, 3 Owen Franks, 2 Dane Coles, 1 Tony Woodcock.
Suplentes: 16 Keven Mealamu, 17 Wyatt Crockett, 18 Charlie Faumuina, 19 Patrick Tuipulotu, 20 Victor Vito, 21 TJ Perenara, 22 Beauden Barrett, 23 Malakai Fekitoa.
Inglaterra
Trie: Yarde, Brown e Ashton
Conversões: Farrell (3)
Penais: Farrell (1)
15 Mike Brown, 14 Manu Tuilagi, 13 Luther Burrell, 12 Billy Twelvetrees, 11 Marland Yarde, 10 Owen Farrell, 9 Danny Care, 8 Ben Morgan, 7 Chris Robshaw (c), 6 Tom Wood, 5 Geoff Parling, 4 Joe Launchbury, 3 David Wilson, 2 Rob Webber, 1 Joe Marler.
Suplentes: 16 Dylan Hartley, 17 Matt Mullan, 18 Kieran Brookes, 19 Courtney Lawes, 20 Billy Vunipola, 21 Ben Youngs, 22 Freddie Burns, 23 Chris Ashton.
Itália, pior impossível
Em jogo que abriu a rodada de amistosos, a Itália mostrou que seu declínio desde o Six Nations é contínuo, sofrendo sua segunda derrota no tour pelo Pacífico. O duelo contra Samoa foi sem dúvida um dos piores do mês. Sem inspiração dos dois lados, a partida foi decidida na base dos penais, com Samoa punindo a indisciplina e instabilidade italianas com 5 penais não respondidos chutados por Tusi Pisi. 15 x 0 foi o insosso placar em Ápia, reabilitando Samoa, que viaja agora a Fiji para seu jogo decisivo pela Copa das Nações do Pacífico. Já a Itália vai a Tóquio pegar o Japão, buscando voltar para casa com ao menos uma vitória e alguns pontos recuperados no ranking.
1500
Samoa 15 x 00 Itália, em Ápia
Árbitro: George Clancy (Irlanda)
Samoa
Penais: Tusi Pisi (5)
15 Faatoina Autagavaia, 14 Fautua Otto, 13 George Pisi, 12 Alapati Leiua, 11 David Lemi (c), 10 Tusiata Pisi, 9 Kahn Fotuali’i, 8 Kane Thompson, 7 Jack Lam, 6 Ofisa Treviranus, 5 Daniel Leo, 4 Faatiga Lemalu, 3 James Johnston, 2 Tii Paulo, 1 Logovii Mulipola.
Suplentes: 16 Wayne Ole Avei, 17 Census Johnston, 18 Sakaria Taulafo, 19 Maurie Fa’asavalu, 20 Piula Fa’asalele, 21 Patrick Fa’apale, 22 Vavao Afemai, 23 Johnny Leota.
Itália
15 Luke McLean, 14 Angelo Esposito, 13 Andrea Masi, 12 Gonzalo Garcia, 11 Giovambattista Venditti, 10 Tommaso Allan, 9 Tito Tebaldi, 8 Robert Barbieri, 7 Mauro Bergamasco, 6 Paul Derbyshire, 5 George Fabio, 4 Quintin Geldenhuys (c), 3 Lorenzo Cittadini, 2 Leonardo Ghiraldini, 1 Alberto de Marchi.
Suplentes: 16 Andrea Manici, 17 Matias Aguero, 18 Dario Chistolini, 19 Marco Bortolami, 20 Josh Furno, 21 Guglielmo Palazzani, 22 Luciano Orquera, 23 Tommaso Iannone.
