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Canadá e Japão entraram em campo em Napier em jogo absolutamente decisivo. Fora da briga por um lugar nas quartas-de-final, Canucks e Brave Blossoms disputavam diretamente a terceira colocação, que garante uma vaga na Copa do Mundo de 2015. Tonga é a outra equipe na briga por tal vaga, tendo já vencido o Japão e perdido para o Canadá.
Para os japoneses, apenas a vitória bonificada interessava, ao passo que, para os canadenses, uma vitória significaria praticamente a terceira posição, mas uma derrota com ponto-bônus defensivo impedindo os japoneses de conseguirem o ponto-bônus ofensivo não tiraria as chances da equipe. As duas equipes tinham tabus a bater: o Japão não vencia um jogo de Mundial desde 1991, e ambos jamais terminaram com o terceiro lugar do grupo desde o início da atual fórmula de disputa de quatro grupos com cinco equipes. No último duelo entre os dois em Mundiais, em 2007, empate. Um cenário pré-jogo muito interessante para um jogo que se provaria inusitado.
O jogo começou muito movimentado e, aos 4’, veio o primeiro lance agudo da partida, com DTH van der Merwe, que conseguiu grande corrida rumo ao in goal, mas foi brilhantemente “tackleado”, primeiro com um tackle francês de Webb, para depois sofrer de fato a placagem de Onozawa. O Canadá seguiu a pressão, desta vez com o pack, mas Buydens não conseguiu apoiar a bola na meta. Os Canucks tiveram novo scrum na sequência, e dessa vez a bola foi muito bem movimentada, com van der Merwe fazendo o primeiro merecido try. Começo excelente dos canadenses! 7 x 0.
A resposta japonesa foi instantânea. Na potência, Tupuailai armou grande jogada, definida na força por Shota Horie, após rápida movimentação da bola. Arlidge o converteu, 7 x 7! A peleja prosseguiu totalmente em aberto, com muita movimentação da bola, turnovers dos dois lados e boas ações defensivas. Aos 23’, o jogo veloz dos asiáticos resultou enfim num penal, que Arlidge aproveitou para colocar o Japão à frente, 10 x 7. A resposta seria imediata, com o pack canadense arrancando um penal fácil para seu lado pouco depois. Mas o chute acertou a trave.
Aos 31’, o Japão quase conseguiu seu segundo try, em excelente contra-ataque, mas Webb tocou a linha lateral antes de apoiar a bola. O Japão passou a ter as melhores chances e maior volume de jogo, por conta de sua habilidade em movimentar com velocidade e precisão a bola, com boas alternâncias e rucks rápidos, afastando a pressão dos forwards canadenses. A sólida defesa Canuck resistiu à pressão, mas cedeu um penal aos 39’. Arlidge optou pelo chute para a lateral, já que para o Japão eram necessários mais três tries. E a decisão deu os frutos certos. Após o lateral, Nicholas abriu rapidamente a jogada, concluída na corrida por Endo. Arlidge converteu. Intervalo de jogo em 17 x 7 para os nipônicos.
O Japão iniciou o segundo tempo imprimindo o mesmo ritmo do primeiro, mas provou do próprio veneno. Em rápida saída de rugby, o Canadá movimentou rápida a bola, e Phil Mackenzie conseguiu grande corrida para o try, não convertido por Pritchard. 17 x 12. Necessitando de tries, o Japão foi pra cima, e optou por chutar um penal para a lateral, aos 50’. Rapidamente, porém, os Canucks recuperaram a bola, e contra-atacaram.
A partida seguiu muito parelha, com os japoneses perdendo terreno. Aos 62’, o melhor momento era do Canadá, que arrancou um precioso penal, bem chutado por Monro. 17 x 15. No entanto, na jogada seguinte do ataque japonês, um erro infantil custou um penal contra o Canadá, que Arlidge não desperdiçou. 20 x 15. Aos 69’, o Japão conseguiu um penal essencial às suas pretensões de conseguir mais dois tries. Mas a jogada após o lateral foi perdida pelo ótimo contra-ruck canadense. Arlidge teve nova chance com penal aos 72’, e dessa vez ele optou belo chute, sendo certeiro. 23 x 15. Com a perda iminente do ponto-bônus defensivo, o Canadá foi pra cima do Japão, e conseguiu o try crucial, após várias fases muito bem trabalhadas. Monro foi o autor do try, mas perdeu a conversão, 23 x 20, aos 76’!
O jogo virou a favor dos Canucks, que ganharam uma injeção extra de ânimo e foram para o ataque. A recompensa veio aos 77’, com penal favorável, que Monro não desperdiçou. Empate! Aos 79’, Arlidge arriscou o drop goal para os asiáticos, mas não teve a pontaria correta. Fim de jogo, e novo empate entre canadenses e japoneses! Incrível, os dois times já haviam empata na Copa do Mundo de 2007, e voltam a empatar em 2011! Raridade. O Japão se despediu do Mundial de 2011 sem vitória e na última colocação. Para o Canadá, o resultado foi ótimo, uma vez que os 2 pontos deram aos Canucks o terceiro lugar no Grupo A.
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Copa do Mundo de Rugby 2011
Dia 27 de setembro, 1h00
Local: Napier
Árbitro: Jonathan Kaplan (África do Sul) |
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Canadá |
Japão |
23 |
23 |
Tries: van der Merwe, Mackenzie, Monro |
Tries: Horie, Endo |
Conversões: Pritchard (1) |
Conversões: Arlidge (2) |
Penais: Monro (2) |
Penais: Arlidge (3) |
Drop Goals: |
Drop Goals: |
Linha: 15 James Pritchard, 14 Matt Evans, 13 DTH van der Merwe, 12 Ryan Smith, 11 Phil Mackenzie, 10 Ander Monro, 9 Ed Fairhurst |
Linha: 15 Shaun Webb, 14 Kosuke Endo, 13 Alisi Tupuailai, 12 Ryan Nicholas, 11 Hirotoki Onozawa, 10 James Arlidge, 9 Fumiaki Tanaka |
Forwards: 8 Aaron Carpenter, 7 Chauncey O’Toole, 6 Adam Kleeberger, 5 Jamie Cudmore, 4 Jebb Sinclair, 3 Jason Marshall, 2 Pat Riordan (c), 1 Hubert Buydens |
Forwards: 8 Takashi Kikutani (c), 7 Michael Leitch, 6 Sione Talikavili Vatuvei, 5 Toshizumi Kitagawa, 4 Luke Thompson, 3 Nozomu Fujita, 2 Shota Horie, 1 Hisateru Hirashima |
Suplentes: 16 Ryan Hamilton, 17 Scott Franklin, 18 Tyler Hotson, 19 Jeremy Kyne, 20 Sean White, 21 Nathan Hirayama, 22 Conor Trainor |
Suplentes: 16 Yusuke Aoki, 17 Kensuke Hatakeyama, 18 Hitoshi Ono, 19 Toetuu Taufa, 20 Atsushi Hiwasa, 21 Murray Williams, 22 Bryce Robins |
Técnico: Kieran Crowley |
Técnico: John Kirwan |