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O início da temporada 2011-12 da Série Mundial de Sevens será nos dias 25 e 26 de novembro, com a nova etapa de Gold Coast, em Queensland, Austrália.

 

O que é a Série Mundial de Sevens?

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A HSBC Sevens World Series, ou simplesmente Série Mundial de Sevens, é o circuito mundial de seven-a-side masculino, disputado de novembro a maio. As melhores seleções do mundo de sevens disputam 9 torneios em 5 continentes para definir o melhor time da temporada do sevens mundial. Dezenas de seleções disputam a Série Mundial de Sevens, dentre elas o Brasil, que estará presente na etapa de Las Vegas, em fevereiro do ano que vem.

Apesar de serem muitos os participantes, apenas 12 seleções têm o direito de disputar todas as 9 etapas, sendo, na prática, as seleções que disputam o título da temporada. São as chamadas "seleções centrais": Nova Zelândia (atual campeã), Fiji, Samoa, Austrália, África do Sul, Quênia, Argentina, Estados Unidos, Inglaterra, Escócia, País de Gales e França.

Dos 9 torneios, 8 contam com a participação de 16 equipes: as 12 "seleções centrais" e 4 convidadas, em geral do continente onde cada etapa é disputada, ou de continentes vizinhos. O Brasil disputará a etapa de Las Vegas por ser a única nas Américas.

Singular, a etapa de Hong Kong conta 24 participantes, e vale mais pontos que os demais torneios na classificação da temporada.

 

Etapas:

Austrália (Gold Coast) – 25 e 26 de novembro de 2011

Emirados Árabes Unidos (Dubai) – 2 e 3 de dezembro de 2011

África do Sul (Porto Elizabeth) – 9 e 10 de dezembro de 2011

Nova Zelândia (Wellington) – 3 e 4 de fevereiro de 2012

Estados Unidos (Las Vegas) – 10, 11 e 12 de fevereiro de 2012

Hong Kong, China (Hong Kong) – 23, 24 e 25 de março de 2012

Japão (Tóquio) – 31 de março e 1º de abril de 2012

Escócia (Edimburgo) – 5 e 6 de maio de 2012

Inglaterra (Londres) – 12 e 13 de maio de 2012

 

Pontuação

Os torneio que têm a participação de 16 seleções têm uma fórmula muito simples de disputa. As equipes são divididas em 4 grupos com 4 times cada. Os 2 primeiros colocados de cada grupo avançam às quartas-de-final da Cup (a disputa do título do torneio), enquanto os 2 últimos disputam as quartas-de-final do Bowl.

Os vencedores das quartas-de-final da Cup avançam às semifinais, ao passo que os perdedores disputam as semifinais do Plate (disputa do 5º ao 8º lugares). Da mesma forma, os vencedores das quartas-de-final do Bowl avançam às semifinais (disputa de 9º a 12º lugares), enquanto os perdedores disputam as semifinais do Shield (disputa do 13º ao 16º lugares).

(corrigido)

Campeão – 22 pontos

Vice-campeão – 19 pontos

3º lugar – 17 pontos

4º lugar – 16 pontos

Campeão do Plate – 13 pontos

Vice-campeão do Plate – 12 pontos

Semifinalistas do Plate – 10 pontos

Campeão do Bowl – 8 pontos

Vice-campeão do Bowl – 7 pontos

Semifinalistas do Bowl – 5 pontos

Campeão do Shield – 3 pontos

Vice-campeão do Shield -2 pontos

Semifinalistas do Shield -1 ponto

 

Prévia para a temporada

As duas grandes favoritas à conquista do título são Nova Zelândia e África do Sul. Os neozelandeses são os atuais campeões do circuito, e contam com um elenco estrelado, de jogadores de muita experiência e com dedicação exclusiva ao seven-a-side. DJ Forbes, Tomasi Cama, Tim Mikkelson e Lote Raikabula são capazes de desequilibrar qualquer partda e, com isso, a Nova Zelândia chega forte para brigar pelo décimo título da Série Mundial de Sevens.

Na temporada passada, a Nova Zelândia conquistou quatro das seis primeiras etapas, e garantiu o título por antecipação. Mas, nas últimas etapas, permitiu que a África do Sul brilhasse, deixando a impressão de que a temporada 2011-12 será mais disputada. Os sul-africanos contam com o melhor jogador do seven-a-side do momento, Cecyl Afrika, e outros jogadores também do melhor nível, como o capitão Paul Delport e o excelente Robert Ebersohn, dos Cheetahs. Nova Zelândia e África do Sul são as seleções que melhor investem na preparação de suas seleções de sevens.

Inglaterra, Fiji e Samoa deverão correr por fora na briga pelo título. Em 2010-11, os ingleses começaram muito bem, mas desandaram e terminaram a temporada de forma melancólica, perdendo a segunda posição (que parecia garantida) para os sul-africanos. Os ingleses não contarão mais com o ícone Ben Gollings, que se retirou da seleção de sevens. Mas a equipe ainda conta com o artilheiro Dan Norton, e outros bons valores. Para os ingleses, o mais importante no é começar a temporada de forma sólida e manter o nível até o fim.

Samoa e Fiji já viveram momentos melhores no seven-a-side. Emosi Vucago, por Fiji, e Lolo Lui, por Samoa, buscarão levar suas renovadas seleções de volta ao topo. Imprevisíveis e cheios de talento, o que ambos precisam é de solidez e estabilidade para lutar pelo título.

A Austrália chegará para 2011-12 com uma equipe toda renovada, e poderá pagar pela inexperiência. Das grandes potências do rugby mundial, apenas Nova Zelândia, África do Sul e Inglaterra investem substancialmente no sevens. Os australianos ainda enxergam a seleção de sevens como um trampolim para o rugby profissional de alto nível, e por isso a equipe sofre com a falta de consistência. O primeiro torneio, em casa, será o medidor do real potencial da Austrália: figurante ou aspirante a título?

País de Gales e Argentina têm a ambição de se intrometerem entre os grandes do mundo. Se o seven-a-side mundial se resumisse a um torneio, ambos poderiam sonhar alto, como fizeram na Copa do Mundo da modalidade, quando decidiram o título. Mas a longa duração do circuito exige muito de galeses e argentinos, que devem ser realistas. A Argentina vem com um ponto negativo: a perda do título dos Jogos Pan-Americanos, para o qual era favorita.

A França é uma incógnita. Os franceses são famosos pelo rugby plástico e habilidoso, baseado nas jogadas de mão. Mas os franceses dão muito pouca importância para o seven-a-side, e sua seleção está muito longe de representar a real qualidade do rugby dos Bleus. Em todo início de temporada da Série Mundial de Sevens, fica a indagação: quando o gigante francês despertará para o seven-a-side? De grande fracasso a grande surpresa, a França poderá surpreender em todos os níveis.

Entre as 12 equipes centrais, Escócia, Estados Unidos e Quênia são as mais modestas. A Escócia, país inventor do sevens, não se destaca na modalidade, mas é capaz de conseguir algumas boas campanhas. O Quênia perdeu não contará mais com seu grande jogador, Colins Injera, e deverá brigar contra a última colocação entre os 12. Assim como os Estados Unidos que, apesar do indiscutível potencial e de alguns jogadores que disputaram a última Copa do Mundo de XV, vem decepcionando. O exemplo disso foi o fato dos norte-americanos não impressionado ninguém nos últimos Jogos Pan-Americanos.

Das equipes que não têm a condição de seleções centrais, Canadá (campeão dos Jogos Pan-Americanos), Portugal (campeão do Grand Prix Europeu), Rússia e Tonga são os mais bem cotados para deixar para trás alguns dos 12 centrais.

O Gold Coast Sevens contará também com Japão (que ainda precisam repetir a evolução do XV no sevens), Papua Nova Guiné (que poderá surpreender com atletas de bom nível oriundos do Rugby League, esporte favorito do país) e o minúsculo Niue.

 

Prepare-se para o Gold Coast Sevens

O moderno Skilled Park, que tem capacidade para 27,400 torcedores, fará a sua estreia como sede da etapa australiana que, até a temporada passada, era realizada em Adelaide.

O sorteio produziu grupos muito equilibrados. Os destaques da primeira fase deverão ser o confronto entre Nova Zelândia e Fiji, pelo Grupo A, a briga entre África do Sul e Austrália, no Grupo B, o equilíbrio do Grupo C, com Argentina e França tentando surpreender Samoa, e os confrontos entre os britânicos Inglaterra, Gales e Escócia no Grupo D.

Grupo A

Nova Zelândia

Fiji

Quênia

Niue

Grupo B

África do Sul

Austrália

Estados Unidos

Japão

Grupo C

Samoa

Argentina

França

Papua Nova Guiné

Grupo D

Inglaterra

País de Gales

Escócia

Tonga

 

 

Lista de campeões da Série Mundial de Sevens

1999-00 – Nova Zelândia

2000-01 – Nova Zelândia

2001-02 – Nova Zelândia

2002-03 – Nova Zelândia

2003-04 – Nova Zelândia

2004-05 – Nova Zelândia

2005-06 – Fiji

2006-07 – Nova Zelândia

2007-08 – Nova Zelândia

2008-09 – África do Sul

2009-10 – Samoa

2010-11 – Nova Zelândia

 

1º – Nova Zelândia – 9 títulos

2º – Fiji – 1 título

África do Sul – 1 título

Samoa – 1 título